O deputado estadual Paulo Araújo (PP) comentou na manhã desta segunda-feira (27.02), a denúncia da irmã, Silvia Regina Lira de Andrade, 42 anos, contra Marco Polo Pinheiro - conhecido como Popó, irmão do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB). Silvia registrou boletim de ocorrência, após tomar conhecimento que Popó havia supostamente xingado ela de "vagab*nda, canalha e traidora" em um grupo de whatsApp, com mais de 100 membros. Porém, Popó negou que os xingamentos foram direcionados a irmã do deputado.
Paulo Araújo, acredita que os xingamentos sofridos pela irmã podem ser resultados de seu posicionamento pela intervenção da Saúde na Capital - e não descarta que o irmão tenha falado pelo prefeito Emanuel Pinheiro.
“Sinceramente eu não consigo mais entender quem é quem na relação [Emanuel e Popó]. Pessoalizaram uma situação que é pública, na questão da Saúde pública. A questão da saúde de Cuiabá é pública, o promotor de Justiça investigando, a delegacia investigando, processos de escândalos, corrupção, o Tribunal de Justiça em vias de decretar intervenção, então, não sei o que passa na cabeça de um cidadão desse, agredir uma mulher que não tem nada a ver com o processo”, declarou o parlamentar.
Ele reforçou seu posicionamento pela intervenção e avaliou que os embargadores do Tribunal de Justiça irão decidir por unanimidade pela retomada do controle pelo Estado na Saúde de Cuiabá. Segundo ele, os desembargadores têm provas suficientes que comprovam que a Prefeitura não tem condições de gerir a Saúde cuiabana.
“Eu tenho um posicionamento político, eu sou da Saúde pública, eu fui uns do que pediram intervenção na Saúde. Eu pedi a intervenção por diversos motivos, corrupção, afastamento de secretários, falta de medicamentos, falta de profissionais, falta de pagamento dos prestadores de serviço, que compromete a assistência lá na ponta. Infelizmente o município perdeu a condição de gerir o sistema público de saúde. Tanto é que o TJ vai retomar dia 9, eu entendo que vai ser 13 votos a zero, porque há uma farta documentação que comprova aquilo que estou afirmando”, disse Paulo.
Araújo disse que orientou a irmã a procurar a Justiça e destacou o profissionalismo da ex-servidora da Prefeitura de Cuiabá por seis anos e atual servidora Estado.
“Se fosse uma agressão contra mim, e, realmente foi, usou os mesmos termos, é lógico que vou fazer o boletim de ocorrência e procurar meus direitos, e não trazer terceiros: mulher para dentro, não sei nem o que passou na cabeça de um cidadão desse fazer esses xingamentos em grupo de whatsaap. (...) Eu orientei ela, logicamente, a buscar à Justiça. Falei: não faça nada que não for através da Justiça.
Ele avaliou que Popó aproveitou do fato da irmã ser solteira e teoricamente não ter quem a defenda: “Estou muito chateado, muito magoado com a situação, o que ela tem a ver com uma relação política. (...) Acho que na cabeça dele, agredindo ela, não teria um marido para ir lá tomar as providências, mas as providências serão tomadas no âmbito da Justiça”, declarou.
Outro lado – O entrou com contato com Marco Polo Pinheiro, Popó, que preferiu não responder às declarações. Ele limitou a dizer que “Todos serão processados. Eu tenho a conversa completa, eu não me referi a ela, mas ao Paulo – por isso amigos traidores, pegaram uma fala fora do contexto vou processar por fraudar a verdade”, declarou.
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