O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) fez duras críticas à soltura do cantor MC Poze do Rodo durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta quarta-feira (04.06). O artista havia sido preso cinco dias antes, acusado de envolvimento com o Comando Vermelho (CV) e de lavagem de dinheiro do tráfico.
"Ontem o Brasil viveu um dos momentos mais vexatórios da nossa história. Um sujeito preso por ligação com a maior facção criminosa do Rio de Janeiro foi solto em menos de cinco dias, e saiu carregado como herói", disse Guimarães, se referindo à decisão do desembargador Peterson Barroso, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que revogou a prisão por considerar a medida desnecessária.
O parlamentar estabeleceu comparação direta com as condenações dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. "Enquanto isso, trabalhadores e idosos que só estavam protestando em Brasília seguem presos, alguns condenados a até 18 anos", afirmou. Como exemplo, citou o caso de Débora Rodrigues, condenada a 14 anos de prisão e multa milionária após escrever "perdeu, mané" na estátua do Supremo Tribunal Federal (STF).
"De um lado, quem exalta facções e faz apologia ao crime é solto em dias. Do outro, quem protestou está preso há anos. Que país é esse? Que exemplos estamos dando?", questionou Guimarães, destacando o que considera seletividade e distorções na aplicação da Justiça brasileira.
MC Poze do Rodo é investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Sua soltura provocou tumulto e queima de fogos de artifício em frente ao presídio de Bangu 3, no Rio de Janeiro, onde estava detido.
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