O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania), criticou em entrevista nessa quarta (17.05), o empréstimo que o Governo de Mato Grosso pretende adquirir junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), na ordem de US$ 180 milhões, com previsão de pagamento de 25 anos. O valor, segundo o governador Mauro Mendes (União) deve ser aplicado na Secretaria de Estado de Educação (SEDUC-MT) e na Secretaria de Estado de Agricultura Familiar.
Contudo, Faissal defende que a prioridade deve ser melhorar a logística de Mato Grosso, que é o primeiro produtor de grãos e carne. Para o deputado, o valor deveria ser destinado para rodovias no Estado, que estão sucateadas e precisam de melhorias para garantir segurança e reduzir os custos de transporte e produção, já que os pedágios não trazem investimentos.
“O Estado de Mato Grosso hoje tem a pior malha viária, do Centro-Oeste. Então eu acho que a prioridade hoje para mim, deputado Faisal, são a questão das nossas rodovias. A prioridade de Mato Grosso deve ser melhorar a logística aqui do Estado. As nossas rodovias estão sucateadas, temos aí pedágios que não trazem investimento, pelo contrário, tem a cobrança e depois da cobrança os investimentos, quem sabe vão vir ou não virão, é uma incógnita, é um modelo precário que não serve para nós. Então, se fosse um investimento para trazer melhor condição de vida para quem necessita da logística, com certeza eu assinaria embaixo”, destacou.
Calil destacou que investir em infraestrutura e transporte é investir em saúde, segurança e economia. “Tem que duplicar sim a BR-163. Temos que resolver a questão da BR-170. Temos que resolver a questão também da BR-158. O custo fica muito mais caro, o pão que chega na sua mesa, o arroz, o feijão fica mais caro em razão da precariedade nossas rodovias. Então investir em rodovia é investir em saúde, é investir em segurança, é investir em economia”.
Ele também recebeu diversas críticas de moradores dos municípios do sul do Estado, destacando Alta Floresta, a Imigrantes, BR 158 e 170 e a BR 364 como locais críticos em termos de rodovias.
“Em Alta Floresta, a 320, 218, nós estamos para o quinto ano, quinto ano. Nem os trabalhos iniciais que era deixar a rodovia sem buraco foi resolvido. Então quer dizer, vão lá, faz um trabalho de tapa buraco, não vê se está tudo ruim de novo. Então contrato não está sendo cumprido, então primeiro lugar, Alta Floresta, a reclamação muito aqui da Imigrantes, poxa, gente três horas para passar 30 quilômetros da Imigrantes, que isso? Aonde que nós estamos? E paga pedágio ainda, pô. Está errado. Outro lugar que me cobram muito é a BR 158 e a 170. São os piores lugares. Também a BR-364 me cobram bastante, o que eu falo para vocês, que as principais vias de acesso aqui à Capital, de escoamento da nossa produção, todas estão ruins. Então, vai mexer agricultura familiar, beleza, o pequeno agricultor vai utilizar o quê? Rodovia, e aí? E se ele tem a produção dele e bota numa rodovia aí e capota o carro? E aí? Como é que fica? Então eu tenho que ver prioridade nesse Governo. Me desculpe, a prioridade, é uma indignação hoje realmente é que as prioridades são outras, parece que o Estado quer deixar as rodovias todas ruins para pedagiar todas, e vim uma empresa de fora para ganhar mais dinheiro nosso ainda e ficar mais caro o custo de operação e o desenvolvimento do nosso Estado”.
O deputado ainda afirmou que encaminhou essas demandas ao secretário Marcelo Padeiro, mas até o momento não recebeu resposta.
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