A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, está ouvindo nesse momento o depoimento de outros colabores da II e III fases da “Operação Sodoma”, deflagrada em setembro de 2015.
A ação criminal possui 17 réus, dentre eles o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace Guimarães (PMDB), o ex-deputado estadual José Riva, os empresários, ex-secretários de Estado e ex-servidores públicos.
De acordo com o Ministério Público Estadual, o grupo é suspeito de ter cobrado propina de empresários para manter contratos junto ao governo de Mato Grosso entre os anos de 2010 e 2014, na gestão do então governador Silval Barbosa.
Nesse momento presta depoimento o empresário Júlio Tsuji, dono da Webtech Softwares e Serviços. Ele confessou o pagamento de propina depois que assinou um contrato com o Estado.
Segundo ele, tempo depois o secretário Cezar Zílio o procurou pedindo ajuda financeira para pagamento de campanhas eleitorais. Primeiro o valor era de 15% sobre o valor do contrato, depois a propina subiu para 20%.
O empresário apontou que sempre pagou a propina em dinheiro, mas que em algumas ocasiões pagou o valor em cheques, um montante de R$ 89 mil que teriam sido usados pelo ex-gestor para a compra de um terreno. Depois da saída de Zílio, o empresário contou que começou a pagar a propina para o novo secretário de Administração, Pedro Domingos Elias, a partir de 2013.
“Passei algo em torno de R$ 600 mil para o Cézar Zílio. Para o Pedro Elias devo ter passado algo em torno de R$ 700 mil”, disse Tsuji.
O empresário contou que teve contato com o procurador do Estado aposentado, Chico Lima, mas afirmou que nunca passou nenhuma quantia para o mesmo relacionado à propina, que apenas em uma ocasião trocou um cheque de R$ 45 mil do então procurador.
Tsuji afirma que antes da gestão Silval, ele já tinha pagado propina a pessoas ligadas ao governo do Estado em um contrato que a sua empresa mantinha, mas não entrou em detalhes.
Atualizada ás 16h00 – Começa o depoimento do secretário-adjunto na Sedec, Nelson Viana. Em 2010, ele ocupou cargo de analista administrativo e superintendente de aquisições, ambos na Secretaria de Estado de Administração (SAD).Ele conta que percebeu uma pequena diferença na forma que eram conduzidos os processos licitatórios na SAD a partir de 2011, mas afirma que nunca presenciou ou percebeu algo ilícito.
Atualizada ás 16h27 - Nelson afirma que nunca recebeu propina de nenhum dos réus da ação penal relacionado à Operação Sodoma. Ele garantiu em depoimento que apenas ouviu comentários sobre pagamentos de propinas, mas que nunca escutou nenhum nome.
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