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Polícia Quarta-feira, 30 de Dezembro de 2015, 08:26 - A | A

Quarta-feira, 30 de Dezembro de 2015, 08h:26 - A | A

Desaparecido

Polícia investiga se motorista que desapareceu em VG está na Bolívia

Irmã recebeu pistas e chegou a viajar ao país vizinho atrás dele

G1.com

A Polícia Civil de Mato Grosso informou nesta terça-feira (29) que investiga se o motorista de caminhão-guincho Enéas da Mota Pinheiro, de 41 anos, desaparecido há mais de um mês, foi levado para a Bolívia junto com o veículo. A hipótese foi levantada após a irmã do homem receber mensagens indicando seu paradeiro. Ela chegou a viajar ao país para apurar o caso por conta própria, o que agora também já é uma das linhas de investigação da Polícia Civil.

Enéas sumiu no dia 22 de novembro após sair para atender a uma chamada no Trevo do Lagarto, região de saída de Várzea Grande (na região metropolitana de Cuiabá) para Cáceres, cidade a 250 km da capital. O motorista saiu de sua casa por volta das 22h e não foi mais localizado pela esposa e pelos filhos depois disso.

A suspeita de que ele estaria na Bolívia surgiu após Edna da Mota Pinheiro, irmã do motorista, de 37 anos, receber mensagens afirmando que uma brasileira e um brasileiro estariam internados em um hospital do país vizinho. O brasileiro poderia ser seu irmão desaparecido, segundo a mensagem. Com base nas informações, Edna resolveu investigar a situação por conta própria e viajou à Bolívia.

Bolívia

“Quando eu cheguei lá acabei descobrindo que essas duas pessoas já haviam sido enterradas. Até onde fiquei sabendo, os dois foram baleados e acabaram morrendo lá. Como eles não identificaram esses supostos brasileiros, não sei se era meu irmão. O fato é que, além disso, acabaram me enviando fotos do caminhão dele, que foi desovado e vendido”, relatou à reportagem.

Ela afirmou que chegou a conversar com a pessoa que teria comprado o caminhão do irmão. “Me indicaram uma pessoa que teria comprado o caminhão. Eu consegui contato com ela e fiz uma proposta, só que ela não aceitou. Contei sobre o valor efetivo do veículo, mas não adiantou”, revelou.

Na cidade boliviana de San Matías (localizada próxima à fronteira com o Brasil, vizinha a Cáceres), Edna conta que tentou entrar em contato com a polícia local, mas não conseguiu mais informações. “Tudo foi muito nebuloso, mas eu decidi fazer. Em vários momentos me senti inclusive ameaçada, mas não podia deixar de verificar o que havia de verdade nisso. Acredito que fiz minha parte ao correr atrás desses indícios”, defendeu.

Ela ainda revelou que estivera uma outra vez na Bolívia antes de iniciar investigações por conta própria. Na ocasião, quando estava com sua família, sua mãe passou mal e acabou falecendo. “No dia 24 de dezembro estávamos na Bolívia quando minha mãe começou a passar mal. Ela foi levada para um hospital de lá, mas, quando foi verificado que era mais grave, tivemos que voltar para o Brasil. Ela acabou falecendo neste meio-tempo, na ambulância. O diagnóstico foi um infarto fulminante, mas, tenho certeza que ela morreu de angústia por conta da situação do meu irmão”,  lamentou.

Investigação

De acordo com o delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derrfva) de Cuiabá, Marcelo Martins Torhacs, a polícia ficou sabendo dos indícios do paradeiro de Enéas na Bolívia pela irmã do motorista. As informações estão sendo checadas. Torhacs diz que o inquérito tem sido complicado justamente por causa das várias linhas de investigação. “Muitas informações estão sendo trazidas até nós sobre esse caso. Essa de que ele [Enéas] poderia ter sido levado para a Bolívia é uma delas. Precisamos checar cada linha de investigação que pensamos e isso acaba deixando o caso não tão simples”, aponta, reclamando também da dificuldade de se obter informações junto às autoridades do país vizinho.

“Não decidimos fechar nenhuma hipótese. Estamos trabalhando com a possibilidade de ele estar vivo, de ter sido vítima de sequestro, roubo e até de um latrocínio. Somente neste último caso, se for confirmado, é que iremos transferir o caso para a DEHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa)”, esclareceu o delegado.

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