A defesa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves foi substituída por uma nova banca de advogados de Belo Horizonte (MG), segundo fontes do , mediante pagamento de cerca de R$ 10 milhões, sob a promessa de libertá-lo da prisão em dez dias. A decisão, conforme já antecipado pelo
, partiu da irmã de Andreson, que optou por contratar um grupo especializado em acordos de colaboração premiada. Em contrapartida, a esposa do lobista, a advogada Mirian Ribeiro, se opõe à adoção de qualquer estratégia colaborativa com a Justiça. Contudo, o prazo prometido expirou sem que a soltura fosse efetivada.
Mirian mantém visitas regulares ao marido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde Andreson se encontra em prisão preventiva na ala federal. O encontro mais recente ocorreu na terça-feira (27.05).
Diante do insucesso da nova contratação, a família avalia a possibilidade de retornar à banca de advogados anterior, descrita por fontes como "mais realista" e que não atua com delações premiadas. A promessa de soltura em prazo tão exíguo, considerando a complexidade do caso, gerou questionamentos sobre a viabilidade e a precisão da proposta feita pela nova equipe.
Andreson foi preso no âmbito de investigações sobre a suposta compra de decisões judiciais, envolvendo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outras cortes superiores. As apurações estão sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embora Mirian Ribeiro negue que o marido tenha considerado firmar acordo de colaboração premiada, fontes indicam que houve uma tentativa nesse sentido. Segundo essas informações, a proposta teria sido recusada pela Justiça por não apresentar elementos novos às investigações, que já se encontram em estágio avançado sob condução da Polícia Federal.
Na quarta-feira (28.05), a Polícia Federal deflagrou a 7ª fase da Operação Sisamnes, cumprindo cinco mandados de prisão. Uma fonte declarou: “A PF atirou no que viu e atingiu o que não viu”, referindo-se ao grupo organizado desvendado durante a operação.
O lobista enfrenta dificuldades de saúde ao longo do período de encarceramento, que já ultrapassa cinco meses. Por ser paciente bariátrico, necessita de alimentação especializada, condição que se soma a um quadro clínico já fragilizado anteriormente à prisão.
Leia também - A delação do lobista Andreson vem aí!
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).