A Polícia Federal informou na manhã desta terça-feira (18.03) em entrevista coletiva, que a operação deflagrada hoje para combater crimes de publicação de material pornográfico, envolvendo crianças e adolescentes, em sites da internet, tem como principal “foco” desarticular um esquema de pedofilia com sede nos Estados Unidos e com ramificações em Mato Grosso.
Conforme o delegado federal da Delegacia Institucional de Combate a Pornografia na Internet, Denis Cali, a Polícia Federal vem monitorando há sete meses, residências e uma lan house de Mato Grosso, que vem sendo utilizadas para o armazenamento e compartilharem de fotos e vídeos de crianças em cenas de sexo explícito.
As imagens, de acordo com Cali, eram baixadas e compartilhadas em comunidades voltadas para a disseminação do material pornográfico. Segundo ele, seis pessoas que residem no Estado, são suspeitas de acessarem, armazenarem e compartilharem estas fotos e vídeos, porém, os nomes não foram revelados para preservar o andamento das investigações.
“Essas pessoas residem nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Tangará da Serra. Essas pessoas são suspeitas de realizarem o download dos vídeos e das fotos, e depois as reproduzido na internet em Mato Grosso”, relatou o delegado.
Cali explicou que os seis suspeitos usaram redes de internet sem fio para compartilhar os materiais pornográficos, na busca de dificultar o rastreamento da máquina (IP) que originou a postagem do conteúdo. Porém, a Polícia Federal conseguiu identificar os autores após a quebra, autorizada pela Justiça Federal, do sigilo telemático dos acusados.
Ainda segundo o delegado, ainda não foi possível identificar a origem dos menores que aparecem nos vídeos.
Sobre os mandados de prisões cumpridos nesta terça, o delegado disse que foram apreendidos computadores, discos rígidos e mídias, como CDs e Pen Drives. No entanto, até o momento não houve prisões.
As seis pessoas suspeitas de praticar o crime poderão responder por publicar ou registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente e adquirir, possuir ou armazenar registros do tipo, com penas que variam de 3 a 6 anos de prisão.
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