A Polícia Civil concluiu nesta quarta-feira (24.02), o inquérito sobre a morte de Vanderlei Mazutti, 36 anos, morador do município de Sorriso (a 420 km de Cuiabá), e indiciou o suspeito de 25 anos, que já estava preso, pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
De acordo com a Polícia Civil (PJC), o corpo de Vanderlei foi encontrado em 23 janeiro, e no mesmo dia, o suspeito chegou a procurar a Polícia, relatando que um amigo seu, teria ido até sua residência na noite anterior com uma caminhonete S10, deixando-a lá, e saindo com sua motocicleta emprestada, e um cheque, afirmando que trocaria e logo retornaria, mas não apareceu mais no local.
Durante o atendimento na delegacia, os policiais informaram ao rapaz que a Polícia havia localizado o cadáver de um homem e solicitaram que ele fosse até o Instituto Médico Legal (IML) para verificar se poderia ser o do amigo que estaria desaparecido. O rapaz reconheceu o corpo como sendo o de Vanderlei Mazutti.
Durante as diligências para apurar o crime, a Polícia Civil encontrou no local em que a vítima estava, vestígios que indicam ter havido uma luta corporal. Vanderlei estava vestindo apenas uma bermuda e descalço. Os policiais apuraram também, entre outras evidências colhidas, que a caminhonete da vítima, que o suspeito alegou ter permanecido estacionada em sua casa, foi vista em uma das ruas da cidade sendo conduzida por ele.
O veículo então foi localizado com o suspeito, e nele foram encontradas manchas de sangue, fragmentos de vidro quebrado e os tapetes estavam molhados, evidenciando que a caminhonete teria passado por limpeza na 'tentativa' de esconder os vestígios.
Com as evidências, o suspeito foi preso alguns dias depois, no município de Tabaporã (a 643 km de Cuiabá).
Segundo as informações da PJC, no período da prisão do suspeito, ele passou por vários interrogatórios, e quando viu que não tinha mais para onde correr, confessou o crime. As investigações apontam que o suspeito matou a vítima para roubar o veículo, e entregá-lo à ex-namorada, com quem queria retomar o relacionamento.
Para o delegado Márcio Portela, que conduziu o início da investigação, explicou que a suposta preocupação do suspeito em relação ao desaparecimento da vítima não passou de uma forma de dissimular as próprias ações para que familiares, amigos e a Polícia Civil não o tivessem como potencial autor do crime.
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