A força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estadual (MPE), Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, cumpriram nesta terça-feira (20.02) mandados de busca e apreensão em Várzea Grande em uma investigação que tem como alvo uma organização criminosa que teria movimentado mais de R$ 140 milhões com transporte de drogas e painéis solares roubados. A ação faz parte da Operação “Pôr do Sol”, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Paraná.
Segundo o MPE, em Várzea Grande foram realizadas buscas em dois endereços, sendo três alvos. Foram apreendidos aparelhos e chips de celulares, duas CPU’s, além de cheques e diversos documentos.
Na operação foram presos policiais do Batalhão da PM de Toledo, no Paraná e o outro no Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), unidade especializada da PM em atuações de combate a crimes na fronteira. Foi preso também em Cascavel, um empresário investigado por ligação com o grupo.
Além disso, ainda foram cumpridos outros três mandados de prisão e 43 de busca e apreensão em Toledo, Cascavel, Medianeira e em Várzea Grande.
Foram apreendidos sete veículos que podem ter sido usados no transporte de ilícitos ou como parte do pagamento, além de valores dinheiro em uma empresa em Toledo e outra em Medianeira – na ordem de aproximadamente R$ 30 mil.
Investigação
A operação foi deflagrada após investigações do Gaeco de Cascavel iniciada em 2022 após recebimento de uma denúncia de que o grupo criminoso teria recebido uma carga de painéis solares roubados em Minas Gerais.
Para 'disfarçar' a origem dos valores obtidos de forma ilícita, o grupo utilizava contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas para a realização de diversas transferências até que chegassem aos líderes do grupo.
No decorrer das investigações, foram apreendidas mais de oito toneladas de maconha que o grupo transportava para outros estados, sendo um dos principais destinos, o estado do Rio de Janeiro. Dois integrantes do grupo criminoso foram presos em flagrante no final de 2022 e início de 2023.
De acordo com o Gaeco, a organização movimentou mais de R$ 140 milhões, entre créditos e débitos, entre janeiro de 2020 e agosto de 2023.
A operação desta terça tem por objetivo a "obtenção de documentos que serão analisados em conjunto com provas já produzidas a partir de medidas cautelares deferidas pela Vara Criminal da Comarca de Toledo, sequestros de bens imóveis, apreensão de veículos e bloqueio de ativos financeiros", afirmou o Gaeco.
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