Imagens do circuito interno de segurança dentro de um ônibus do transporte coletivo, divulgadas nesta quinta-feira (18.07) pela Polícia Civil, revelam o momento em que o pedreiro Osny Simão dos Santos, de 37 anos, foi assassinado por outro passageiro, em Cuiabá. A vítima foi morta a facadas, quando o circular trafegava pelo Bairro Lixeira, no dia 12, por volta das 22h30, e o suspeito de ter cometido o crime ainda não foi localizado pela polícia. O delegado André Renado Gonçalves, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e que apura o caso, informou que o motorista do ônibus prestou depoimento e contou que o passageiro e o suspeito iniciaram uma discussão antes de entrar no veículo.
De acordo com a Polícia Civil, o motorista contou ainda que a briga foi motivada por times de futebol e que os dois estavam alcoolizados, na ocasião. Porém, no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar e obtido pelo G1, o desentendimento teria ocorrido após a catraca eletrônica apresentar problemas de leitura do cartão e travar, quando o suspeito tentava passar.
Na ocasião, segundo consta do boletim narrado pelo motorista, o homem se queixou do problema e o passageiro, que estava sentado após a catraca interviu. Teria sido nessa ocasião em que foi atingido por diversos golpes de faca desferido pelo suspeito por se irritar com a atitude.
Por outro lado, no depoimento do motorista à Polícia Civil informa que ele mesmo teria pedido aos dois passageiros a passarem a catraca, durante a discussão, porque estavam impedindo o acesso dos outros usuários. Conforme a imagem, a vítima passa pela catraca e, minutos depois, volta e pula para a parte da frente do ônibus entrando em luta corporal com o autor do crime.
Ele retira uma faca da mochila e desfere os golpes. Em seguida, a vítima cai e não resiste aos ferimentos. O suspeito foge logo após. O ônibus é da linha 309, do Bairro 1º de Março, e trefegava pela venida João Gomes Sobrinho, no momento do homicídio.
Motivo banal - Ao G1, Eliane Campos, de 35 anos, esposa de Osny, lamentou o fato. “Infelizmente, foi uma coisa estúpida, um momento de estupidez sem explicação. Estou anestesiada até agora. O que me doeu mais foi ver a pessoa, o ente querido caído no chão e a gente sem poder fazer nada. Graças a Deus ele não sofreu, não ficou agonizando por muito tempo, mas nada vai trazer de volta o pai dos meus filhos”, declarou a viúva, que trabalha como auxiliar de produção em uma gráfica e que agora passa a ter de cuidar sozinha dos três filhos: uma garota de 18 anos e dois meninos, um de 17 e outro de 15 anos de idade.
Informações que possam levar a Polícia Civil a identificação do suspeito devem ser encaminhadas ao disque-denúncia 197 ou no telefone do plantão da DHPP: 3901-4825.
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