Nos primeiros dias deste mês de maio, duas pessoas, sendo o colunista social Fernando Cezar Baracat de Arruda, 64, e logo em seguida a desembargadora Maria Helena Gargaglione Povoas, 67 anos, foram vítimas de associação criminosa integrada por pelo menos oito indivíduos. O grupo criminoso clona o perfil do WhatsApp das vítimas e com informações privilegiadas conseguem angariar valores via Pix.
O colunista Baracat procurou a delegacia no dia 4 de maio, relatando que criminosos teriam clonado seu perfil WhatsApp e estariam pedindo dinheiro emprestado para pessoas ligadas ao seu convívio.
Em depoimento, Baracat disse que em dois dias, três pessoas, sendo seu assessor, um amigo empresário e seu ex-secretário, foram vítimas dos criminosos e acabaram transferindo uma quantia de R$ 22 mil ao todo.
A mesma associação criminosa voltou a agir no dia 06, quando escolheram como vítima a desembargadora Maria Helena. Se passando pelo filho da magistrada, o grupo criminoso conseguiu tirar R$ 45 mil da vítima.
Eles clonaram o perfil do WhatsApp do filho da desembargadora e com informações privilegiadas que ele estaria empenhado em adquirir um veículo, fizeram o primeiro contato.
A magistrada sabendo das intenções do filho fez o primeiro pix no valor de R$ 23 mil. Já no dia 07, os criminosos enviaram para Maria Helena um comprovante (falso) no valor de R$ 45 mil, alegando que seria os R$ 23 mil que ela havia emprestado e que ela poderia devolver o valor de R$ 22 mil. Mais uma vez a vítima caiu no golpe.
O terceiro golpe só não foi concretizado, pois quando os criminosos solicitaram um outro valor para pagar o seguro do suposto automóvel, mãe e filho se falaram e descobriram que a desembargadora havia caído em um golpe.
Após as vítimas procurarem a delegacia, três indivíduos no grupo criminoso, foram presos por policiais da Delegacia de Roubos e Furto de Várzea Grande (DERF/VG).
Os criminosos foram identificados como Lucas Winkler da Trindade Lima, Kalita Karine Souza Pereira e Jônathan Kenid Marques Aprigio. Conforme os comprovantes das vítimas, a maioria das transferências foram realizadas nas contas bancárias de Kalita e Jônathan.
Na delegacia, os suspeitos alegaram que apenas teriam “vendido” suas contas bancárias. Contudo, a delegada Elaine Fernandes disse que fica evidente que os detidos integram a associação criminosa, que se dedica a práticas de estelionatos e lavagem de dinheiro, sendo a conduta dos autuados, imprescindível para que o grupo criminoso consiga êxito na empreitada delituosa.
Leia também - Dupla é amarrada e executada com tiros na cabeça em Sinop
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).