A defesa de um dos adolescentes investigados por suposto envolvimento nos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver de três motoristas de aplicativo, cobrou investigação sobre vazamentos de informações que deveriam ser sigilosas e solicitou a imposição de segredo de justiça no processo.
A petição, apresentada a 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, pede proteção das informações pessoais e imagens do menor, que foram divulgadas sem restrições adequadas. Segundo a defesa, imagens do menor prestando depoimento e algemado foram vazadas para a imprensa.
O processo, que tem recebido grande atenção da mídia estadual, expôs detalhes sensíveis, incluindo o rosto e a voz do menor durante a oitiva, além de suas informações pessoais completas. A defesa argumenta que esta exposição fere direitos garantidos pela Constituição Brasileira e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, assim como disposições de tratados internacionais de direitos humanos.
A defesa também requisitou que o Ministério Público do Estado de Mato Grosso investigue os vazamentos de informações, que potencialmente podem vir de dentro do sistema judicial.
Conforme o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), Nilson Farias, um jovem de 20 anos, foi preso e dois adolescentes de 15 e 17 anos, apreendidos, após confessarem friamente a execução dos crimes e indicarem os locais onde ocultaram os corpos das vítimas. Os três foram detidos próximos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande.
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