A Polícia Judiciária Civil investiga as causas da morte de um menino de dois anos, em Tangará da Serra (239 de Cuiabá). O corpo da criança foi encontrado na terça-feira (19.03), em um canavial, próximo ao sítio onde morava com a mãe, o padrasto e um irmão de seis anos.
Laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) não identificou a causa da morte. Mas confirma que o menino apresentava lesões na região anal. No entanto, não informa se as lesões são recentes ou antigas. “Foi constatado a presença de lesões na região anal. Será solicitado mais informações da morte. Estou aguardando laudo mais detalhado do caso”, disse a delegada Liliane Soares Diogo, que preside o inquérito policial.
Segundo a delegada, a Polícia trabalha com a hipótese de a criança ter sido abusada e deixada sozinha no canavial e perdida teria se machucado e morrido de fome ou de frio. A delegada informou ainda, que durante a necropsia foi recolhido amostra do líquido encontrado no ânus da criança, porém, o exame deu negativo para presença de espermatozóide.
As investigações iniciaram na segunda-feira (18.03), com o registro do desaparecimento do menino feito pela mãe, que procurou a delegacia e contou que por volta das 10h30 deu falta do filho. A mãe disse que procurou pela vizinhança e depois reuniu amigos da comunidade para ajudar nas buscas a criança, com ajuda do Corpo de Bombeiros e de policiais civis, designados pela delegada Liliane Diogo, até o sítio na zona rural de Tangará da Serra.
De acordo com a delegada, o corpo da criança apresentava vários arranhões, possivelmente provenientes das folhas de cana de açúcar, não de mordidas de cães, conforme se pensava anteriormente.
Nesta quarta-feira (20.02), a Polícia Civil irá conversar com moradores da região para reunir informações do histórico da família. Segundo a Polícia, em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou um boletim de ocorrência denunciando a mãe da criança por ter arremessado o filho durante uma discussão do casal.
Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. No entanto, em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).