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Polícia Quarta-feira, 02 de Julho de 2025, 10:08 - A | A

Quarta-feira, 02 de Julho de 2025, 10h:08 - A | A

Operação Unfollow

Líder de facção é isolado e esposa advogada é investigada por tráfico

Advogada usava empresa de fachada para lavar dinheiro

Nicolle Ribeiro/VGN

O líder de uma facção criminosa com atuação em Sorriso, a 397 km de Cuiabá, e sua esposa, uma advogada, são alvos da terceira fase da Operação Unfollow, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (02.07). A operação apura crimes de tráfico de drogas, extorsão e lavagem de dinheiro.

Conforme informações da Polícia Civil, o líder do grupo criminoso está atualmente custodiado na Penitenciária Central do Estado (PCE), de onde seguia coordenando ações ilícitas como tráfico de drogas, extorsões e até ordens de execução. Ele será transferido para o RDD, regime mais severo do sistema prisional, com isolamento e restrições reforçadas por um período de seis meses, como forma de interromper a comunicação com integrantes da facção.

A esposa dele, uma advogada, conforme a polícia, assumiu o comando do comércio de entorpecentes em Sorriso após a prisão do marido em 2023. Ela também é alvo da operação e, segundo a polícia, utilizava uma empresa de fachada para lavar o dinheiro proveniente do tráfico. A empresa foi alvo de mandado de busca e apreensão.

Ao todo, foram expedidas mais de 30 ordens judiciais, incluindo sete mandados de prisão temporária, 10 de busca e apreensão, além de afastamentos de sigilos bancários e telemáticos. Os mandados são cumpridos em Sorriso, Várzea Grande e Cuiabá, com apoio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Polícia de Sinop.

Investigação começou com influenciador digital

A operação é resultado da continuidade das investigações iniciadas na primeira fase, deflagrada em fevereiro deste ano, quando um influenciador digital foi preso por usar as redes sociais para promover crimes em nome da facção. Em maio, outros três suspeitos foram presos na segunda fase da Unfollow.

Segundo a Polícia Civil, a facção criminosa tem uma estrutura hierárquica definida e estabelecia metas diárias de arrecadação, com lucros estimados em mais de R$ 19 mil por dia com o tráfico de drogas. As investigações continuam em andamento.

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