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Polícia Sexta-feira, 30 de Novembro de 2018, 17:50 - A | A

Sexta-feira, 30 de Novembro de 2018, 17h:50 - A | A

“Organización”

Advogada vinculada à organização criminosa em MT é presa em operação

Redação VG Notícias

PJCMT

Organização criminosa

 

Operação “Organización” deflagrada nesta sexta-feira, cumpriu 29 mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão domiciliar contra integrantes de uma facção criminosa que atuava na região de Cáceres (a 217 km de Cuiabá). Os trabalhos investigativos duraram seis meses e apontaram que a organização criminosa era formada em sua maioria por reeducandos de unidades prisionais do município.

Segundo a delegada da Delegacia Especial de Fronteira (DEFRON), Cinthia Gomes da Rocha Cupido, que coordenou as investigações, descobriu que a organização criminosa ‘filiava e batizava’, inclusive com números de suas respectivas matrículas, para a prática de diversos delitos. Conforme a delegada, a facção criminosa está por trás da prática de crimes como roubo, tráfico de drogas, furtos, receptação, etc.

“Restou comprovado no transcorrer das investigações, que as ordens partiam de lideranças presas em Cáceres e eram repassadas para o Conselho Final da rua, que na hierarquia da organização, detinham maior poder de comando junto às lideranças intermediárias, intituladas como vozes finais, que repassavam as ordens/visão aos disciplinas, que executavam do lado de fora os crimes”, explicou a delegada.

Ela disse que busca realizada no interior da Cadeia de Cáceres foi possível identificar a logística da facção. “Abaixo de um beliche – apelidada de jega - foi apreendido material farto da contabilidade de entrada e saída de dinheiro da caixinha e movimentação capitaneadas pelas lojinhas/biqueiras (bocas de fumo), que tinham como regra o fato de que os boqueiros só podiam fazer a aquisição de drogas de membros da própria facção ou por eles indicados, bem como, tabelavam o preço da droga a ser revendida”, revelou.

A delegada Cinthia Cupido disse que todas as lideranças, da maior a menor, foram presas durante a operação, "que tem como principal vertente, impedir o crescimento e ramificações da facção em outras regiões”.

Os membros da organização criminosa possuíam funções específicas, com tarefas definidas, visando ganhar dinheiro para manterem a organização, com compra de armas e drogas para revenda, bem como proporcionar aos integrantes da facção, defesa jurídica durante fase processual.

Durante a operação foi presa a advogada Railla Weisa Campos Silva, 26 anos, que atua em Cáceres e que, segundo as investigações, possui vínculo com integrantes da organização criminosa que ultrapassam os limites da relação advogado-cliente.

Railla vai responder pelos crimes de falsa comunicação de crime, organização criminosa, associação para o tráfico, estelionato e roubo (por realizar, entre outros atos, levantamentos de carros de luxo/caminhonetes, que avistava em ambientes da alta sociedade que frequentava, e repassar as informações para a facção que planejava os roubos). Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acompanhou o cumprimento do mandado de prisão.

Os presos foram autuados pelos crimes de organização criminosa, Lei nº 12.850/2013 (cuja pena varia de 03 a 08 anos), associação e tráfico de drogas, com pena prevista de 05 a 15 anos, roubo e estelionato, além de falsa comunicação de crime.

Os detidos permanecem à disposição da Justiça, reclusos na Cadeia Pública de Cáceres. (Com informação da assessoria da PJC/MT).

 

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