13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Política Quarta-feira, 13 de Abril de 2016, 13:20 - A | A

Quarta-feira, 13 de Abril de 2016, 13h:20 - A | A

ESQUEMA NA AL/MT

Justiça nega liberar bens de viúva

Conforme denúncia do MPE, o esquema consistia na compra simulada de produtos de escritório e papelaria, sendo que os empresários ficavam com apenas 20% do contrato.

Rojane Marta/VG Notícias

A juíza Celia Regina Vidotti, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, comarca da Capital, negou liberar os bens bloqueados na conta corrente de Cleonice Adams, viúva de um dos denunciados pelo Ministério Público do Estado (MPE/MT), por participação em esquema da Assembleia Legislativa do Estado com o setor gráfico e de papelaria.

O marido de Cleonice, ex-secretário-geral da Assembleia Legislativa Edemar Adams, falecido em outubro de 2010, é acusado de ser o elo direto do ex-presidente do Legislativo Estadual José Riva (PSD), com empresários, para recebimento de propina.

Conforme denúncia do MPE, o esquema consistia na compra simulada de produtos de escritório e papelaria, sendo que os empresários ficavam com apenas 20% do contrato, enquanto o restante era devolvido para Edemar – possível responsável em fazer pagamentos referentes as dívidas de Riva com agiotas e factorings.

Ao negar o pedido de desbloqueio da conta bancária, a magistrada destacou que, por Cleonice Adams ser casada no regime de comunhão universal de bens, bem como sua condição de herdeira/meeira na sucessão, é possível que seus bens sejam bloqueados para garantir futuro ressarcimento ao erário, na forma da indisponibilidade de bens decretada na ação.

A juíza também relatou que a conta em questão era usada como conta-salário, e por isso, pediu que a viúva se manifeste em 10 dias. “Não obstante, o patrono da representante do espolio mencionou que a conta bancária bloqueada trata-se de conta salário. Assim, determino que a representante do espolio junte aos autos, no prazo de dez (10) dias, documentos hábeis a comprovar que a conta bancária bloqueada trata-se de conta salário e que o montante ali depositado refere-se a proventos e/ou aposentadoria” disse a magistrada ao indeferir o pedido.

Vale destacar, que a viúva, em depoimento prestado à Justiça, em junho de 2015, confirmou que o marido falecido participou de um esquema de desvio de verbas de licitações da Assembleia Legislativa, na época comandada por José Riva.

Ainda, conforme depoimento de Cleonice Adams, o suposto esquema envolvia gráficas e papelarias, e já existia antes de Edemar trabalhar na AL/MT.

Segundo ela, o grupo criminoso ficava com 75% do valor destinado às licitações. Ela também confirmou que o marido era quem pagava as contas de Riva, determinadas por meio de “bilhetes”.

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760