A produção da indústria brasileira caiu pela terceira vez seguida. Em maio, o recuo foi de 0,6%, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Frente ao maio do ano anterior, a atividade fabril mostrou baixa de 3,2% - foi também o terceiro resultado negativo nessa base de comparação. Com esses números, a indústria acumula retração de 1,6% de janeiro a maio. Já nos últimos 12 meses, há ligeiro auemnto de 0,2%, "mostrando clara redução no ritmo de crescimento frente aos resultados verificados em março (2,0%) e abril (0,7%)", de acordo com o IBGE.
De abril para maio, a queda da atividade das indústrias no país foi generalizada, puxada pela produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,8%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%). Também produziram menos os ramos de fabricação de metalurgia (-4,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,0%), entre outros.
Na outra ponta, estão as indústrias que aumentaram sua produção, como as extrativas (1,4%), de produtos alimentícios (1,0%) e de produtos do fumo (18,5%).
Na análise das categorias econômicas, nessa mesma base de comparação, mostram resultados negativos as atividades de bens de consumo duráveis (3,6%), de bens de capital (-2,6%) e o de bens intermediários (0,9%). Apenas o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis registraram aumento, de 1%.
Queda de 20% na produção de veículos
Na comparação anual, também houve queda na maioria das atividades pesquisadas, com destaque para a de veículos automotores, reboques e carrocerias, cuja queda foi de 20,1%, "pressionada pela menor fabricação de automóveis, de caminhão-trator para reboques e semirreboques, de caminhões, de autopeças e de veículos para transporte de mercadorias".
Ainda mostraram taxas negativas superiores à da média nacional as áreas de metalurgia (-10,5%), produtos de metal (-9,5%), outros produtos químicos (-5,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,4%) e máquinas e equipamentos (-3,1%), entre outras.
Por outro lado, a produção foi maior nos ramos de indústrias extrativas (7,6%), produtos alimentícios (2,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (7,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,1%).
Bens de consumo duráveis mostraram queda de 11,2%; bens de capital, de 9,7%; bens intermediários, de 2,8%, e, na contramão, bens de consumo semi e não-duráveis, com alta de 0,8%.