O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) registrou 114,2 pontos neste mês de janeiro, o que representa recuo de 0,9% em relação ao mês de dezembro de 2012. Na comparação com o índice de janeiro de 2012, nota-se crescimento de 0,5%.
Salvo o índice de expectativa de desemprego, todos os componentes do INEC apresentam variações negativas na comparação com dezembro.
O índice de expectativa da inflação mostrou a maior queda em relação ao mês anterior, 2,9%. Em janeiro, 63% dos consumidores entrevistados afirmaram acreditar que a inflação irá aumentar, ante 28% que acreditam na sua estabilidade e 8% que esperam sua diminuição.
Mas apesar da variação negativa, o indicador está 4,9% acima do registrado no mesmo mês do ano anterior, ou seja, o consumidor avalia mais positivamente o início de 2013 do que o de 2012.
O indicador de compras de bens de maior valor mostra queda de 0,9% entre janeiro e dezembro, refletindo que a expectativa de aumento do consumo está menos disseminada. Para 56% dos consumidores, o volume de compras nos próximos seis meses será o mesmo, frente 30% que acreditam que comprarão mais e 14% que esperam gastar menos. Quando feita a comparação em 12 meses, a variação calculada é positiva; crescimento de 0,5%.
Os consumidores também demonstram pessimismo com relação à situação financeira e ao endividamento. No primeiro caso, houve redução de 1,4% em relação ao mês anterior e de 2,1% na comparação em 12 meses, mostrando uma avaliação mais negativa dos consumidores. Em dezembro, 38% dos entrevistados acreditavam que sua situação financeira iria melhorar, em janeiro, esse percentual oscilou negativamente para 36%.
Quanto ao endividamento, observa-se queda de 1,4% na comparação com dezembro. Esse resultado evidencia que os entrevistados provavelmente aumentaram seu endividamento no mês. Na comparação com janeiro de 2012 o índice caiu 0,6%.
Na direção oposta, o índice de expectativa de desemprego registrou elevação tanto na comparação com dezembro como na comparação com janeiro de 2012: 2,1% e 1,1%, respectivamente. Isso indica que a expectativa de aumento do desemprego se tornou menos disseminada entre os respondentes. Em suma, os consumidores acreditam que o mercado de trabalho será mais favorável nos próximos meses.