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Economia Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013, 09:30 - A | A

Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013, 09h:30 - A | A

Com leve alta no último trimestre, PIB da China cresce 7,8% em 2012

PIB do último trimestre registrou recuperação frente ao anterior, com 7,9%

G1.com

A economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 7,8% em 2012, anunciou nesta sexta-feira (18) o Birô Nacional de Estatísticas. Segundo a agência de notícias oficial do país, Xinhua, é o menor crescimento desde 1999. O desempenho só não foi pior porque no último trimestre do ano o país teve uma alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 7,9%, em comparação com o trimestre anterior, de 7,4%.

O índice está muito abaixo do avanço de 9,3% em 2011 e mais distante ainda dos 10,4% alcançados em 2010. No entanto, se encontra acima da alta de 7,5% fixada pelo regime comunista durante a Assembleia Popular de março do ano passado. Em 2012, o PIB da China alcançou 51,93 trilhões de iuanes (US$ 8,28 trilhões).

Especialistas esperam que o crescimento da China deva atingir 8% ou mais em 2013, mas essa recuperação ainda está vulnerável. Nesta semana, o Banco Mundial reduziu a previsão de crescimento da China em 2013, indo de 8,6% para 8,4%. Para o banco, os índices chineses podem sofrer um revés se o país diminuir o alto nível de investimentos já praticados ou se o comércio global se enfraquecer.

"Vemos a China crescendo acima de 8% no primeiro semestre de 2013", disse Mark Williams, da Capital Economics. "Neste ponto, a China não é uma economia que precise de estímulos [para se recuperar]", disse.

Mas, segundo o Banco Mundial, um declínio de 5% no investimento pode refletir na queda de 1,4 ponto percentual no crescimento econômico deste ano e em 6% no total de importações.

Motivos

A desaceleração econômica ocorreu em grande parte devido aos controles do governo impostos para esfriar um boom imobiliário e à inflação crescente alimentada pelo enorme estímulo de Pequim em resposta à crise de 2008.

O declínio piorou quando a demanda global por exportações chinesas caíram inesperadamente, aumentando o risco de perdas de emprego.

No início de novembro, a China havia anunciado que estava efetivamente superando as dificuldades da economia e que deveria atingir a meta de crescimento para o ano, de 7,5%.

A segunda maior economia do mundo interrompeu a tendência de desaceleração, disse Zhang Ping, chefe da agência de planejamento econômico do país, afirmando, na época, estar confiante de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passaria dos 7,5% em 2012.

"Sinais de estabilização na economia estão ficando mais óbvios em outubro. Estamos totalmente confiantes de que podemos atingir a meta de crescimento para este ano. Em outras palavras, estamos capazes de manter o crescimento econômico acima de 7,5%", afirmou Zhang, na ocasião.

Mudança de comando

Em 2012, teve início a transição de poder na China. Em novembro, o Comitê Central do Partido Comunista da China designou, como era esperado, Xi Jinping como o secretário-geral da formação e o "número um" da nova lista de sete membros do Comitê Permanente, principal órgão da agremiação, anunciou a agência Xinhua.

Desta forma, Xi, de 59 anos, vai assumir a presidência da China em março de 2013, sucedendo a Hu Jintao, que deixou seu posto no Comitê Permanente e também a Secretaria Geral do Partido.

Essas mudanças são o primeiro passo na transição da quarta para a quinta geração de líderes comunistas.

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