Vigilante não parou após atropelamento com medo de ser linchado; "a galera estava alcoolizada", diz advogado

O advogado disse que o vigilante mostrou interesse em saber o que aconteceu e ligou várias vezes para o Ciosp

Gislaine Morais/VGN

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Advogado diz que vigilante não parou depois da batida com receio de ser linchado.

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Advogado diz que vigilante não parou depois da batida com receio de ser linchado.

O advogado Jonatas Peixoto, defensor do vigilante D.P.F., que atropelou e matou o estudante de veterinária, Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa da Costa, 21 anos, na madrugada de sexta-feira (02.09), afirmou, nesta segunda-feira (05.09), ao delegado da Polícia Civil, José Carlos Damian, que seu cliente não parou para prestar socorro, com receio de ser linchado, pois, se tratava de uma distribuidora e a 'galera' estava, segundo ele, alcoolizada devido ao horário, 01h30 da madrugada.

"Ele ficou com receio de ser linchado, porque normalmente acontece, ele não parou, parou um pouco mais adiante, não viu nenhuma movimentação de muitos naquela hora e seguiu destino". O vigilante, durante depoimento, ainda nesta segunda, declarou que quem dirigia seu veículo Honda City era uma amiga.

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Jonatas disse, ainda, que o vigilante, após deixar a amiga em casa, fez diversas ligações para o Centro Integrado de Segurança Pública (Ciosp), segundo ele, cerca de 12 a 13 ligações. Para o advogado, essas ligações vão colaborar com as investigações, pois mostra que seu cliente teve interesse em saber o que aconteceu de fato.

"Quando ele parou o veículo após deixar a moça em casa, ele visualizou que algo de grave tinha acontecido, pois quebrou o para-brisa, quebrou o vidro lateral do passageiro. Ele ficou preocupado e ligou novamente para moça e falou que ela não bateu em um carro, e que tinha acontecido alguma coisa grave".

Segundo o advogado, no dia seguinte, seu cliente foi até a distribuidora e fez o questionamento se houve um acidente ou atropelamento no local, aí o dono da distribuidora confirmou que foi infelizmente a morte do jovem estudante de medicina.

Questionado quanto D.P.F. estar em horário de serviço no momento do acidente, Peixoto declarou ser de praxe os funcionários que trabalham uma jornada de 12 horas saírem para lanchar. "Ele estava no horário de lanche do expediente e aí ocorreu o fatídico acidente do menino que estava na avenida".