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Cidades Terça-feira, 24 de Janeiro de 2023, 09:27 - A | A

Terça-feira, 24 de Janeiro de 2023, 09h:27 - A | A

“Eh FORA”

Militarização da Adalgisa de Barros é rejeitada e membros da Seduc são expulsos após decisão

A militarização foi rejeitada sob coro dos estudantes que gritavam: “ADALGISA”, “Eh FORA” aos opositores favoráveis a militarização da unidade.

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

Comunidade escolar da Escola Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, formada por professores e alunos, votou em audiência pública contra a militarização da unidade proposta pela Secretaria de Estado de Educação do Estado de Mato Grosso (Seduc). A decisão da comunidade escolar aconteceu na noite dessa segunda-feira (23.01) sob coro dos estudantes que gritavam: “ADALGISA, ADALGISA, ADALGISA”, “Eh FORA, Eh FORA, Eh FORA”, aos opositores favoráveis a militarização da unidade.

O “não a militarização” declarado pela comunidade, envolveu a polarização entre os atuais apoiadores do presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), bem como, foi marcada por diversas tentativas de tumultos, bate-boca e até a expulsão dos bolsonaristas, que tentavam anular o processo, e dos representantes da Seduc.

A decisão da comunidade passou pela segunda vez pelo processo de votação, considerando que a primeira votação foi suspensa após tumulto, desta vez, com o reforço de três deputados, Elizeu Nascimento (PL), Ludio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT) e também da vereadora Rosy Prado (União).

Ao , o deputado Valdir Barranco destacou a oportunidade de escolha da comunidade. Segundo ele, nem todas as escolas que foram militarizadas em Mato Grosso tiveram o direito a escolha. “As escolas, militarizadas, não foram ouvidas e aqui só aconteceu isso, porque a comunidade muito sensível e consciente se organizou, principalmente pela força da juventude. Parabéns a juventude, parabéns a Democracia, parabéns a Educação pública e de qualidade”, disse Barranco.

Já o deputado Ludio Cabral criticou a Secretaria de Estadual de Educação e a lei que permite a militarização de escolas públicas. Ele afirmou que “lugar de polícia não é na escola. Lugar de Polícia é nas ruas protegendo a população”.

Segundo Ludio, o ambiente escolar é para Educação de crianças e jovens. Ele afirma que o Governo e a Polícia Militar estão demandando o processo pedagógico na escola e não à comunidade, como a lei determina.

“Um ambiente que tem que ser necessariamente plural, democrático e aberto. O Estado tem uma lei ruim que permite a militarização de escolas públicas. Mesmo sendo uma lei ruim, o atual Governo, cujo projeto é militarizar as escolas, atropela as comunidades e o próprio texto ruim que a lei tem, que deixa claro, que é a comunidade escolar quem decide pelo qual projeto pedagógico seguir. É o Governo do Estado, é a Polícia Militar demandando a militarização da escola, isso não tem sentido nenhum”, disse Cabral.

Por outro lado, o deputado Elizeu Nascimento avaliou que existe uma manipulação muito forte por membros da esquerda e do Partido dos Trabalhadores: “Inclusive com aluguel de carro de som, colocando dia inteiro. Toda essa máquina pública da esquerda está sendo explorada e isso tentando induzir os alunos a levar que a escola militar não é boa opção. Criaram um certo terrorismo na cabeça desses jovens”, disse o deputado.

Outro lado - Atualizada às 11h04 - Em nota, a Seduc-MT repudiou a desordem, segundo eles, liderada pelo Sintep-MT durante audiência pública. “Ato que seria palco de discussão democrática na Escola Estadual Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, se tornou cenário de descontrole emocional patrocinado por sindicalistas”, diz Seduc.

VEJA NA ÍNTEGRA
O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, lamentou os fatos ocorridos durante a audiência pública na noite de segunda-feira (23.01), na Escola Estadual Adalgisa de Barros, em Várzea Grande. A manifestação seria uma das ações legais para que a comunidade decidisse se a escola seria transformada em unidade militar, sob gestão da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.

Para a Seduc-MT, a proposta era transformar o ato em espaço de diálogo democrático, de forma civilizada e com responsabilidade. “Sob coordenação de pessoas sem qualquer compromisso com a educação, a audiência se tornou cenário de vandalismo e de descontrole emocional, o que é reprovável e não condiz com as práticas ensinadas a crianças e jovens em sala de aula”.

“O que vimos foram cenas lamentáveis de provocação e desordem, coordenadas por representantes do Sintep-MT, que não esconderam seus rostos e atitudes reprováveis”, ponderou o secretário.

Alan Porto considerou a manifestação do Sintep-MT, durante a audiência pública, desrespeitosa e ofensiva, e que tais atitudes de incitação violenta a jovens estudantes, não representou a vontade da comunidade. “Vamos continuar com o propósito e a obrigação de transformar a Educação Pública de Mato Grosso com equidade e compromisso com a qualidade”.

Na opinião do secretário, o péssimo exemplo de pseudos profissionais da educação que se esconderam atrás de uma sigla sindical, levou a comunidade estudantil a uma perda irreparável.

“Educação se faz com civilidade, transparência e com lucidez. Não será no grito ou com práticas violentas que vão interromper os avanços na Educação Pública no Estado de Mato Grosso”.

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