O Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso – (Sindimed-MT) sinaliza indicativo de greve no Pronto-Socorro de Várzea Grande. A informação é do diretor de Comunicação do Sindimed, Adeildo Martins Lucena.
Lucena afirmou ao oticias, nesta quarta-feira (03.06), que é constrangedor em meio a uma pandemia falar em indicativo de greve, mas em decorrência da gravidade do momento, os médicos estão sobrecarregados, muito stress, falta de insumos, de médicos, equipamentos, leitos insuficientes, aliado a falta de pagamento de horas extras, plantão extra e com diminuição substancial na remuneração do médico, tudo isso gera um descontentamento, aumentar a demanda sem aumentar os serviços humanos e os recursos, é quase impossível suportar esta carga.
“Nós ficamos muito constrangidos em falar sobre indicativo de greve durante uma pandemia, mas precisamos realizar uma assembleia para discutir sobre o assunto, porque o geral nós já estamos discutindo há muito tempo. A questão que está pegando agora, é que na emergência do Pronto-Socorro na ala de Síndromes da Circulação Posterior (Pocs) está sobrecarregada. Criaram a ala para o covid -19 eram para ter dois médicos e só tem um, esse médico não foi contratado, ele foi retirado do Box de emergência e colocado na ala da covid”, desabafou o médico.
Outro Lado - Por outro lado, a Diretora Técnica do Pronto-socorro de Várzea Grande, Dr. Maria das Dores, informou que diferente do que foi informado pelo representante do Sindicato, à situação da unidade está sob controle. De acordo com a médica, existe de fato uma deficiência na equipe médica, mas isso nada mais é que um reflexo do surto de Coronavírus (Covid-19) no município.
“Não está faltando insumos, mas estamos com um déficit médicos na unidade, alguns doutores pediram demissão, outros foram afastados por estarem no grupo de risco, e isso fez com que ficássemos com menos médicos, mas já estamos procurando novos profissionais para contratar. Está muito difícil encontrar médicos nessa pandemia, ontem passamos o dia todo ligando tentando efetuar novas contratações para substituir os que saíram. No mais, eu não vi nenhuma queixa de falta de insumos, e os médicos que nós realocamos eram os clínicos que não eram imprescindíveis nas alas que estavam, foi uma forma de melhorar o fluxo para que todos os pacientes fossem atendidos”, disse ao oticias.
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