Mato Grosso deve ter temperaturas elevadas nos próximos dois meses, chegando em até 2,5 graus acima da média e pouca probabilidade de chuvas. As informações são do I Painel Mato Grosso do Clima. Segundo a meteorologista responsável pelo projeto, Ana Paula Paes, as mudanças climáticas estão ligadas ao EL Niño, um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico.
“Ainda é cedo para prever, mas pelas características climáticas apresentadas para os próximos meses, há sim chance de termos em Mato Grosso duas novas ondas de calor, com temperaturas de até 43 graus”, disseram a meteorologista.
Recentemente, um comitê para controlar crises climáticas foi criado no Estado, o grupo, comandado pelo Comando Regional I do Corpo de Bombeiros, conta com a participação das Defesas Civis de Cuiabá e Várzea Grande e secretarias de trânsito das duas cidades, além da concessionária e da Nova Rota do Oeste. Para o tenente do Corpo de Bombeiros, Anttoniery Campello, o comitê é necessário para ser possível encontrar formas de estar preparados para situações climáticas, principalmente temporais e queimadas.
“Dentro do comitê, nós estamos buscando todos os insumos necessários para estar preparado para possíveis crises climáticas, principalmente temporais e até queimadas. A ideia é monitorar, prevenir, responder de forma rápida e se comunicar com a sociedade”, destacou o tenente.
Já o coordenador da Defesa Civil de Cuiabá, Alex Botelho, reforçou outro problema, a falta de conscientização sobre não jogar lixo no chão, que segundo ele, é uma atitude simples que evita possíveis alagamentos. “A prevenção passa também por não jogar lixo no chão. É uma atitude simples, que evita o entupimento de galerias e alagamentos. Possíveis campanhas que alertem sobre esse tema, são muito importantes”, reforçou Botelho.
As novas ondas de calor são prejudiciais ainda mais para o campo, onde as percas são maiores. Devido à falta de chuva por conta das mudanças climáticas, diversos produtores não conseguiram iniciar a plantação de soja e do milho. O fenômeno considerado “muito forte” só deve acabar em abril do próximo ano.
Segundo Carlos Rocha, diretor de Geração Distribuída e Energias Renováveis do Sindenergia Mato Grosso, que faz parte do Sistema FIEMT, o EL Niño deve ser comum nas próximas décadas, devido ao aquecimento no planeta. Por isso, ele reforça a importância de aprender a agir com este “novo normal”.
“Todos aqueles que possuem esse conhecimento tem que contribuir para encontrarmos uma saída, encontrarmos caminhos. Então, nada melhor do que debater isso com as instituições, com as empresas, com a indústria, com a sociedade em geral. Encontrar caminhos para que a gente possa se preparar para essas adversidades climáticas”, frisou Carlos Rocha.
Com informações da assessoria
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