A poucos dias do encerramento do prazo oficial para registro das condicionalidades de saúde do Bolsa Família, Várzea Grande enfrenta um cenário crítico: mais de 18 mil famílias beneficiárias do programa ainda não realizaram o acompanhamento obrigatório de saúde e podem perder o benefício.
No total, Várzea Grande tem 26.176 famílias atendidas pelo programa, que movimenta cerca de R$ 18,1 milhões por mês no município. No entanto, apenas 7.284 realizaram o acompanhamento exigido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social – ou seja, somente 27,83% da cobertura foi atingida, uma das piores taxas entre os grandes municípios de Mato Grosso.
O acompanhamento de saúde é obrigatório e inclui ações como atualização da caderneta de vacinação, pesagem de crianças e gestantes e controle do pré-natal. A baixa adesão coloca em risco os repasses financeiros ao município por meio do Índice de Gestão Descentralizada do Bolsa Família (IGD-PBF).
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), todos os municípios mato-grossenses já atingiram a meta mínima de 40% exigida para manter os repasses do IGD-PBF. No entanto, o objetivo agora é ultrapassar os 76,93% alcançados na vigência anterior e chegar à média nacional de 80,8%.
Entre os municípios com menor índice de cobertura de crianças estão Curvelândia (4,23%), Nova Guarita (4,62%) e Torixoréu (7,89%). A Capital Cuiabá (31,20%) também aparece com indicadores preocupantes.
Diante da situação, a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em parceria com a SES-MT e o Coegemas, está mobilizando uma força-tarefa para apoiar os municípios no registro das informações. O prazo se encerra na próxima segunda-feira (30.06).
As unidades de saúde do município estão orientadas a receber os beneficiários do Bolsa Família para o registro das condicionalidades. Quem não comparecer pode ter o benefício bloqueado a partir do segundo semestre.
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