Durante audiência pública realizada na manhã dessa sexta-feira (30.05), para discutir a renovação da concessão dos serviços de distribuição de energia elétrica em Mato Grosso, o representante da concessionária Energisa, Luiz Carlos Moreira, reconheceu os desafios enfrentados pela empresa no Estado. Segundo ele, a complexidade territorial e geográfica de Mato Grosso impõe barreiras significativas, mas não falta empenho da empresa para superá-las.
“De maneira nenhuma falhamos. Temos trabalhado constantemente. Mato Grosso é um Estado extremamente desafiador, com 900 mil quilômetros quadrados de extensão e 300 mil quilômetros de rede elétrica — dos quais 80% estão na área rural. Além disso, 70% dessa rede rural é monofásica. É um cenário que exige atenção”, afirmou Luiz Carlos, ao ser questionado sobre possíveis falhas na prestação do serviço à população.
O representante destacou ainda que grande parte da infraestrutura de distribuição elétrica foi construída há décadas, em um contexto em que o fornecimento ao campo visava apenas garantir o acesso básico à energia.
“Hoje, o campo se modernizou, utiliza equipamentos mais avançados e quer crescer. Por isso, o desafio é claro: como vamos modernizar a rede, trifasear o Estado e garantir competitividade?”, pontuou.
Sobre a adequação da empresa à Lei n.º 12.068 — que estabelece critérios mais rigorosos para a prestação dos serviços —, Luiz Carlos afirmou que a Energisa já vinha se preparando antecipadamente para cumprir as exigências.
“Quando apresentei os investimentos da empresa, mostrei que, pela primeira vez na história, vamos investir um volume financeiro superior ao dos anos anteriores na melhoria da rede. Já analisamos as novas regras de concessão e nos planejamos, tanto física quanto financeiramente, para continuar atendendo todos os indicadores da ANEEL”, destacou.
Em resposta às cobranças por maior agilidade nas melhorias, especialmente em relação aos impactos sentidos nos setores produtivos, Luiz Carlos garantiu que medidas concretas já estão em curso.
“Dobramos o número de equipes de manutenção pesada, responsáveis pelas construções e melhorias da rede. Passamos de 250 para mais de 400 equipes. Também antecipamos a aquisição de materiais, prevendo escassez no mercado nacional, já que todo o país está investindo”, concluiu.
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