A Prefeitura de Várzea Grande realizou na madrugada dessa sexta-feira (05.06) uma contratação emergencial de ambulâncias para transportar os novos casos de coronavírus (Covid-19) no município. De acordo com o secretário de Comunicação, Marcos Lemos, a necessidade surgiu após a empresa prestadora de serviços, Help Vida, ter alegado um déficit de funcionários, visto que, cerca de 20 deles, estariam infectados pela Covid-19.
Dessa forma, a Secretaria Municipal de Saúde realizou a contratação da empresa “Taiamã Emergências Médicas” para transportar dois pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cristo Rei para a unidade de tratamento intensivo (UTI) do Hospital Metropolitano.
“A empresa Taiamã foi contratada emergencialmente para substituir a Help Vida, nós contratamos essa madrugada, porque a empresa não conseguiu nos atender e tivemos que contratar outra, se eu não estou equivocado e a lei estiver nos amparando, em 10 dias essa nova contratação estará na transparência, depende de como a empresa vai se posicionar daqui pra frente, eles foram notificados pela Secretaria de Saúde, mas eles alegaram que estavam com muitos funcionários contaminados, por isso eles não conseguiriam nos atender, no entanto, isso não justifica, porque no contrato deles, eles são obrigados a realizarem o atendimento, independente do que for”, disse o secretário.
Marcos ainda explicou que caso a empresa não retome com as atividades normalmente, será multada e dispensada. “Caso o trabalho deles não seja feito, eles serão notificados, irão pagar uma multa e um segundo será chamado, eles são licitados, a contratação foi emergencial em termos, porque como se trata de Saúde e estamos em uma pandemia, podemos fazer uma despesa limitada, desde seja prestado contas e justificado depois”, explicou.
Outro lado - A redação do 
oticias entrou em contato com a Help Vida para que eles dessem suas versões dos fatos. De acordo com a empresa, eles não possuem nenhum caso confirmado e nem sob suspeita de Covid-19, apenas tiveram alguns problemas nos respiradores das ambulâncias, o que os impediu de realizar o atendimento ao município.
“Nós não temos nenhum profissional positivado com Covid-19, o que aconteceu foi que os respiradores precisaram de manutenção, por conta da pandemia, eu não consegui solucionar de imediato. Um paciente com Covid-19 não pode ser transportado com respiradores de sistema aberto, tem que ser de sistema fechado, com filtros específicos e com alta pressão. Reafirmando, nós não temos nenhum profissional infectado, aqui nós adotamos a autodeclaração, que é quando um profissional suspeita estar com Coronavírus, ele é automaticamente afastado por 14 dias”, justificou a assessoria de imprensa da prestadora de serviços.
A empresa ainda esclareceu que apesar do incidente, os funcionários já voltaram ao atendimento e as ambulâncias já estão nas ruas.
“Apesar do problema com os respiradores, nossas equipes já estão nas ruas realizando normalmente os transportes, nós não temos nenhum profissional afastado, eu não sei por que eles estão alegando isso, já que eu expliquei que o problema era com os respiradores. Aqui nós não podemos colocar a vida do paciente em risco transportando de uma forma que não seja segura. Nós precisávamos de uma manutenção nos equipamentos, eu não sei como as outras empresas estão fazendo, mas nós estamos seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde”, declarou.
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