Doze servidores de Cuiabá foram exonerados nesta sexta (19.06), por supostamente tentarem “boicotar” a Saúde municipal, ao esconderem em armários diversos Equipamentos de Proteção Individual – EPIs .
De acordo com a assessoria de imprensa do município, os equipamentos foram encontrados pelo secretário adjunto de Planejamento e Operações da Secretaria Municipal de Saúde, médico Milton Corrêa da Costa Neto, durante uma vistoria em diversos setores do Hospital de Referência para COVID-19 (antigo Pronto-Socorro Municipal).
Ainda, conforme o município, “a vistoria foi motivada por reclamações feitas ao superintendente do hospital, dr. Douglas Dolce Domingues de que haveria falta de EPIs na unidade hospitalar”.
Conforme o secretário adjunto, devido ao quantitativo de EPIs que já foram entregues aos servidores do hospital, ele desconfiou que algo estava errado e decidiu fazer a fiscalização, e para sua surpresa, “conseguimos encontrar muita coisa escondida”, disse.
Segundo Milton, “no momento da inspeção muitos servidores ficaram nervosos e tiraram os EPIs escondidos dos armários individuais, colocando-os dentro de sacos de lixo e deixando-os em armários de uso comum e em carrinhos de transporte”.
O secretário encontrou EPIs escondidos na sala Vermelha, UTI 1, UTI 2 e UTI 3, diante disso, ele registrou Boletim de Ocorrência.. “Após a constatação desta situação absurda, tiramos fotos e eu registrei um Boletim de Ocorrência”.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, os servidores que esconderam os EPIs foram identificados e serão exoneradas. “São 12 servidores, entre técnicos de enfermagem, enfermeiros e fisioterapeutas” conta.
Possas classificou a situação como barbaridade e leviandade: “É uma barbaridade, uma leviandade o que essas pessoas fizeram. Aproveitar um momento de pandemia, em que muitas pessoas precisam de atendimento urgente para criar situações com o único propósito de enfraquecer a gestão municipal é desumano. Não estamos no momento de politicagem, o momento agora é de salvar vidas. É a única coisa que importa agora e precisamos de pessoas que realmente nos ajudem neste propósito”.
Os nomes dos servidores não foram revelados.
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