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Começa no dia 1º de outubro

Cadastro obrigatório divide opiniões no Restaurante Popular de Cuiabá

Restaurante Popular de Cuiabá adota cadastro obrigatório a partir de outubro

Gislaine Morais & Isadora Sousa/VGN

O Restaurante Popular de Cuiabá vai passar a adotar o cadastro de usuários como condição para garantir o acesso às refeições servidas diariamente. A medida foi anunciada pela Prefeitura, mas ainda não foram divulgados todos os documentos necessários para o registro. De acordo com frequentadores ouvidos pela reportagem do , durante o cadastro foi solicitado o Número de Identificação Social (NIS), além de documentos pessoais.

A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que o cadastramento terá início em 1º de outubro e servirá para traçar o perfil do público atendido.

A reportagem do esteve no Restaurante Popular nessa sexta-feira (26.09) para conversar com os usuários. Para alguns, o cadastro representa organização e maior segurança no serviço; para outros, a medida pode restringir o direito à alimentação e excluir pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas que estão de passagem pela cidade.

A dona de casa Sérgia, que almoça no restaurante com frequência, considera a iniciativa positiva. “Eu acho ótimo, porque a pessoa cadastrada já está segura. Vai ficar mais fácil, pois o nome já estará registrado”, afirmou.

Edina Ferreira, frequentadora assídua do local, também aprovou a novidade, embora tenha reconhecido que a exigência surpreendeu parte dos usuários. “É preciso ter o cadastro para comprovar que se depende do restaurante. É necessário para organizar. Mas ninguém avisou antes. Eu só fiquei sabendo depois e tive que correr atrás do número do NIS”, relatou.

O missionário J., habituado a utilizar restaurantes populares em outras capitais, defendeu o controle como forma de priorizar os mais necessitados. “Conheço pessoas que chegam em carros de luxo e almoçam aqui. O Restaurante Popular é destinado à população de baixa renda, aos que realmente necessitam. Não é para todos. Se fosse, seria necessário preparar refeições para milhões de pessoas”, declarou.

Já o trabalhador Jefferson Rodrigues, por sua vez, fez críticas contundentes à forma como o cadastro está sendo implantado. Para ele, a regra promove uma separação injusta. “Se a pessoa está de passagem e não realizou o cadastro, não conseguirá se alimentar. Isso é segregar as pessoas. O restaurante é público, nós já pagamos impostos para utilizá-lo. Não pode haver barreiras”, afirmou.

Jefferson também questionou o critério de renda estabelecido pela Prefeitura. “Se eu ganho R$ 2.100, já não posso almoçar aqui, porque o limite é R$ 2.000. Isso não é justo. Muitas vezes, a pessoa tem apenas R$ 2 no bolso naquele dia, mas não realizou o cadastro. E então? Vai ficar sem comida?”, criticou.

Para ele, a solução deveria estar na organização da fila, sem promover exclusões. “O que deve haver é organização, sinalização no chão e controle na entrada. Mas não a separação entre quem pode e quem não pode. Isso está errado”, completou.

Entre os relatos, também há quem veja no restaurante um apoio indispensável para o cotidiano. “Moro sozinho há mais de 30 anos. Se eu for cozinhar, perco cerca de três horas por dia. Prefiro vir almoçar aqui e ainda levo marmita para o jantar. Quando sobra, eu distribuo para quem precisa”, contou Aparecido Gomes.

Posicionamento da Prefeitura

A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que o objetivo, segundo a pasta, é aprimorar os serviços e garantir planejamento adequado.

De acordo com a secretária Hélida Vilela, o restaurante atende, em média, 1.100 pessoas por dia, oferecendo refeições de segunda a sexta-feira, das 11h às 14h. Atualmente, cada usuário paga R$ 2, enquanto a Prefeitura subsidia R$ 11,80 por prato.

Ela reforçou que o procedimento será simples e rápido, sem impacto no acesso às refeições. “Não se trata de nenhum tipo de burocracia que vá dificultar o acesso ao restaurante. É apenas uma forma de termos informações mais detalhadas sobre quem frequenta o espaço, para podermos qualificar ainda mais o atendimento”, explicou.

Nota atualizada às 09h35 desta segunda-feira (29.09) - NOTA OFICIAL – RESTAURANTE POPULAR DE CUIABÁ

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, informa que a partir do dia 1º de outubro será iniciado um levantamento de dados junto aos usuários do Restaurante Popular, com o objetivo de aprimorar o atendimento e qualificar os serviços prestados à população.

É importante destacar que:

✅ O cadastramento não é obrigatório
✅ O acesso ao restaurante NÃO depende do cadastro
✅ Nenhum cidadão deixará de ser atendido por não participar do levantamento

O cadastramento é uma medida exclusivamente administrativa, que visa conhecer melhor o perfil do público atendido, sem qualquer intenção de restringir ou dificultar o acesso ao serviço. A iniciativa tem caráter informativo e estratégico, servindo como base para planejar melhorias e ampliar os investimentos no programa.

Atualmente, o Restaurante Popular atende, em média, 1.100 pessoas por dia, oferecendo refeições de segunda a sexta-feira, das 11h às 14h. Cada prato custa R$ 2,00 ao usuário, sendo subvencionado em R$ 11,80 pela Prefeitura.

Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Hélida Vilela, a ação contribuirá para a transparência e permitirá a busca de novos recursos, inclusive em âmbito estadual e federal. “Não se trata de burocracia. Queremos conhecer melhor quem são nossos usuários para que possamos oferecer um serviço cada vez mais qualificado”, destacou.

???? Para realizar o cadastro, basta apresentar:

Documento oficial com foto

Informação de endereço

Reforçamos: ninguém será impedido de acessar o Restaurante Popular por não realizar o cadastro. A iniciativa é uma forma de garantir que o programa continue cumprindo seu papel de promover alimentação de qualidade, segurança alimentar e dignidade à população cuiabana.

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Reprodução

Restaurante Popular; Prefeitura de Cuiabá; Cadastro obrigatório; NIS; Assistência social

 

 

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