O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou possíveis riscos na política de crédito da Caixa Econômica Federal, sendo verificado elevação dos níveis de inadimplência e no comprometimento da lucratividade.
De acordo com auditoria do TCU, realizado em resposta a uma representação do Ministério Público, confirmou que houve piora nos indicadores de inadimplência de créditos em operações de cessão de carteiras, com tendência de crescimento – ocorre principalmente como resultado da política expansionista de crédito adotada pelo banco.
Ao analisar o processo, o ministro-relator Walton Alencar Rodrigues, apontou que na tentativa de amenizar a crise financeira internacional de 2008-2009, instituições financeiras federais foram utilizadas como propulsoras de crédito tornando-se estratégia de política econômica duradoura e se estendeu até final de 2014.
“Esse fato, obviamente, além de agravar as contas públicas brasileiras, colocou em risco a saúde financeira das instituições, em especial da Caixa, principal agente operador das políticas públicas, por implicar a flexibilização dos seus critérios de avaliação de risco de crédito”, disse o ministro.
Como medida, o Tribunal de Contas da União recomendou que a Caixa passe a consignar quais os critérios utilizados nos relatórios de gestão interna de suas carteiras de crédito, inclusive para melhor transparência em caso de alteração de parâmetros.
Além disso, determinou ao Ministério da Economia que oriente o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal para que façam constar na proposta orçamentária, a partir do exercido de 2021, a estimativa das receitas obtidas por meio de emissões diretas de títulos da dívida pública e as despesas a serem realizadas com tais recursos. (Com informações do TCU)
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