por Junior Macagnam*
Dia do trabalho no Brasil e muitos celebram as conquistas do trabalhador, outros cenários de perspectivas do “Mundo do Trabalho”, outros criticam a Legislação ou ainda os empregadores. Mas, neste momento penso ser necessário repensar a forma como está se desenvolvendo a geração de empregos e de novos postos de Trabalho, em nosso país.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) até fim do ano passado 34,31 milhões de pessoas trabalham por conta própria ou sem carteira, contra 33,321 milhões ocupados em vagas formais. Em 2016, cerca de 34 mi trabalhavam sob o regime de CLT, contra 32,6 milhões ocupados em vagas sem carteira assinada ou como autônomos.
É a hora de baixar os impostos e igualar as oportunidades para todo mundo e priorizar quem realmente quer empreender no Brasil, dar novas formas de crédito, cursos de capacitação e financiamento para estes novos postos de trabalho autônomos que estão surgindo. Reduzir a burocracia, igualdade de condições de investimento. Dar segurança jurídica as empresas para que empregos sejam criados e o consumo aumente. O que favorece o Ganha – Ganha. Ganha o trabalhador em poder de consumo e ganha o Estado em tributo.
Reconheço que a tentativa de Nova Legislação Trabalhista, que trouxe avanços para o colaborador- empregador, mas perdeu efeito por conta do vencimento de decreto presidencial. Pena que registrou pífios 77 mil postos de trabalho em 2018, segundo o Caged, resultado da instabilidade econômica-política.
É preciso reconhecer que as pessoas que trabalham por conta própria, por meio de MEI, ou em vagas sem carteira assinada superou o daqueles que têm um emprego formal pela primeira vez em 2017, conforme dados do (IBGE). O índice de desemprego encerrou 2017 em 11,8%, com 12,3 milhões de pessoas desocupadas.
E agora o que fazer com este passivo? Fomentar e atrair grandes indústrias, empresas e conglomerados e dar acesso a créditos do BNDES, enquanto as pequenas e medias empresas que geram mais da metade dos empregos com carteira assinada morrem a míngua sem acesso a crédito ou abatidas pela burocracia.
É preciso pensar em dar autonomia, liberdade, incentivar a criatividade e claro criar um novo ambiente político e econômico para o trabalho avançar no Brasil.
Por isso neste dia do Trabalho. Fica a reflexão. Vamos repensar. Mudar.
*Junior Macagnam, presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Calçados e Couros de Mato Grosso (Sincalco-MT) e empreendedor.
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