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VGNE Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 10:52 - A | A

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ao menos 240 morreram

Sobrevivente relata caos e desespero após queda de avião na Índia

Ele disse que os problemas começaram apenas 30 segundos após a decolagem

Redação/VGN

Um britânico de 40 anos sobreviveu ao acidente com um Boeing 787-8 Dreamliner da Air India que caiu logo após decolar do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, nesta quinta-feira (12.06). A tragédia deixou pelo menos 240 mortos.

Vishwash Kumar Ramesh, passageiro do voo AI171 com destino a Londres, relatou que os problemas começaram apenas 30 segundos após a decolagem. “Ouvi um barulho alto e, em seguida, o avião caiu. Tudo aconteceu muito rápido”, disse ao jornal Hindustan Times. Ele sofreu ferimentos no peito, nos olhos e nos pés. Leia matéria relacionada: Avião com 242 pessoas cai na Índia e deixa mais de 100 mortos

A aeronave perdeu altitude logo após sair da pista e colidiu com construções próximas ao terminal, atingindo pelo menos três prédios. Em seguida, pegou fogo. É o primeiro acidente com mortes envolvendo o modelo 787-8 desde que entrou em operação comercial, em 2011.

Vishwash havia viajado à Índia para visitar familiares e voltava ao Reino Unido com o irmão, Ajay Kumar Ramesh, de 45 anos, que continua desaparecido. “Visitamos Diu juntos. Ele estava em outra fileira e agora não consigo encontrá-lo. Por favor, me ajudem a achá-lo”, pediu, emocionado, ainda no hospital.

Enquanto o britânico recebia atendimento no Hospital Civil de Asarwa, dezenas de familiares procuravam por informações de passageiros. A movimentação nas alas do hospital era intensa, com clima de desespero.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que as imagens do acidente eram “devastadoras”. O rei Charles III e a rainha Camilla divulgaram nota dizendo estarem “profundamente chocados” com o ocorrido. “Nossas orações estão com os afetados por esta tragédia em tantas nações”, escreveu o monarca.

Modelo moderno e sob investigação

O 787-8 Dreamliner é um dos modelos mais avançados da Boeing. Leve e eficiente, transporta até 250 passageiros e é usado principalmente em voos de longa distância. Suas janelas maiores, menor consumo de combustível e fuselagem em fibra de carbono são diferenciais destacados pela fabricante.

Embora já tenha registrado falhas técnicas, o modelo nunca havia se envolvido em acidentes fatais. No entanto, está sob investigação da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) desde abril, após denúncias de falhas na fixação de partes da fuselagem. A Boeing informou que está reunindo dados sobre o acidente.

A empresa americana já enfrenta processos relacionados a dois desastres com o 737 Max, ocorridos em 2018 e 2019, que deixaram 346 mortos. No mês passado, a Boeing firmou acordo com o Departamento de Justiça dos EUA para evitar responsabilização criminal, mas a medida ainda depende de aval judicial.

A Air India, que opera diversos Dreamliners em rotas internacionais, ainda não se manifestou oficialmente sobre as causas do acidente. As autoridades indianas abriram investigação. (Com informações do OGlobo)

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