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VGNE Quinta-feira, 04 de Julho de 2024, 09:09 - A | A

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VEJA VÍDEO

Reynaldo Gianecchini expõe ataques homofóbicos por papel de drag queen no teatro

Gianecchini interpreta uma das drag queens no musical "Priscilla, Rainha do Deserto

João Victor/VGN

O ator Reynaldo Gianecchini, usou suas redes sociais nessa quarta-feira (03.07), para refletir sobre seu novo trabalho no teatro e os desafios que tem enfrentado. Gianecchini interpreta Mitzi/Tick, uma das drag queens no musical "Priscilla, Rainha do Deserto", e revelou que tem sido alvo de ataques homofóbicos por causa desse papel.

Em um vídeo postado em seu perfil, o ator fez uma comparação contundente entre a recepção do público ao seu atual papel no teatro e a um personagem abusador que interpretou recentemente em uma série da Netflix. “Um dos últimos personagens que eu fiz foi para a série Netflix. Eu fiz um abusador, um cara terrível, um cara quase um psicopata. E a série foi muito bem recebida porque levantou bastante discussões importantes e eu recebi muitos comentários positivos do meu trabalho, enfim, da série”, disse Gianecchini.

No entanto, ele destacou a diferença na reação do público ao seu papel atual. “Pois bem, agora eu estou fazendo o meu trabalho recente, eu estou fazendo uma drag queen no teatro. E sim, também tem muita gente que adora e que vai lá ver a peça e que fica maravilhado e curte. Mas sim, eu estou recebendo um monte de comentários muito negativos, de pessoas que misturam o meu personagem com a minha vida pessoal e destilam lá toda a sua raiva, seus preconceitos, falam coisas. Inacreditáveis.”

Gianecchini criticou a hipocrisia de alguns espectadores que aceitam sua interpretação de um psicopata, mas não a de uma drag queen. “Tudo bem ser um psicopata, um abusador, vocês não gritaram, não acharam ruim, não confundiram com a minha vida pessoal, mas uma drag queen sim. Muita gente não quer me ver nesse papel, querem me cancelar. Curioso, né? Quer dizer, um psicopata legal, uma drag queen não é.”

O ator enfatizou a importância de interpretar personagens diversificados para expor e discutir questões sociais relevantes. “Você vê porque a gente tem que fazer esses personagens? Porque temos muito pra falar ainda. Esse é o Brasil que a gente vive.”

Para aqueles que confundem seu trabalho com sua vida pessoal, Gianecchini foi claro: “Eu sou um ator. Eu realmente não ganho a vida fazendo drag queen, mas se essa fosse a minha escolha, eu estaria muito feliz, porque são pessoas e artistas que eu admiro, as drags. O que eu não admiro e jamais queria ser é um cara preconceituoso, um cara que dissemina ódio, raiva, que não acolhe, que não é empático, um cara que não vive a vida de verdade e segue que nem gado. Isso Deus que me livre.” Concluiu.

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