A biomédica Grazielly Barbosa foi presa nessa quarta-feira (03.07), após a morte da influenciadora e modelo Aline Ferreira, 33 anos, decorrente de um procedimento estético realizado de forma irregular em sua clínica em Goiânia, Goiás. Barbosa é acusada de crimes contra as relações de consumo, agravados pela falta de registro profissional no Conselho Regional de Biomedicina da 3ª Região (CRBM-3).
De acordo com informações, Aline Ferreira, natural de Brasília, submeteu-se a uma aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos, realizada por Grazielly. Segundo familiares, Aline retornou a Brasília após o procedimento e começou a apresentar febre e dores abdominais. Ela foi internada em um hospital do Distrito Federal, onde entrou em coma e sofreu duas paradas cardíacas, uma na sexta-feira (28.06) e outra no domingo (30). A morte foi declarada na noite de terça-feira (02). A família informou que a influenciadora teve infecção generalizada após aplicação de PMMA nos glúteos.
O CRBM-3 confirmou que Grazielly Barbosa não possui registro profissional, o que a impede legalmente de exercer a profissão. Além disso, a clínica Ame-se foi interditada pela vigilância sanitária por operar sem alvará sanitário e sem a presença de um responsável técnico habilitado.
Grazielly foi presa em uma operação conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) e pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO). A PCGO anunciou que fornecerá mais detalhes sobre o caso em uma coletiva de imprensa marcada para a manhã desta quinta-feira (04.).
Em nota oficial, o CRBM-3 esclareceu que não encontrou nenhum registro em nome de Grazielly da Silva Barbosa e ressaltou a disponibilidade de um canal de denúncias no site do conselho. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia confirmou que a vigilância sanitária participou da operação que resultou na interdição da clínica de Grazielly.
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