Certificados falsos estão sendo vendidos para professores e funcionários dentro da escola municipal Honorato Pedroso de Barros, localizada no bairro Água Vermelha em Várzea Grande. A denúncia foi protocolada na 6ª Promotoria de Justiça Cível de Várzea Grande.

De acordo com a denúncia encaminhada ao MP, a venda de certificados falsos para professores e funcionários, supostamente teriam sido emitidos pelo Instituto Mato-Grossense de Pós Graduação e Serviços Educacionais Ltda, cujo nome fantasia é “Impactos Brasil”.

Conforme a denúncia, os documentos falsos estão sendo utilizados por professores no município para contagem de pontos e atribuição de classes e aulas para servidores.

No entanto, o promotor de Justiça, Rodrigo de Araújo Braga Arruda, responsável pela 6ª Promotoria de Justiça Cível, preferiu não instaurar inquérito para apurar os fatos, pois, segundo ele, a denúncia deveria ser encaminhada para a 1ª Promotoria de Justiça Cível.

“Desta forma, no tocante aos eventuais atos de improbidade descrito deverá ser feito o encaminhado cópia do expediente à 1ª Promotoria de Justiça Cível de Várzea Grande, com atribuições na Defesa do Patrimônio Público e Probidade Administrativa, para análise providências que entenderem pertinentes, bem como, em relação aos supostos crimes de falsidade, de praxe o encaminhamento de cópia à Coordenação, para distribuição à uma das Promotorias de Justiça Criminais de VG”, diz trecho da recomendação de Rodrigo Braga.

 O promotor diz ainda que é de “suma importância” que a Secretaria Municipal de Educação seja comunicada da denúncia procedendo-se a investigação interna do caso por meio de sindicância”.

A denúncia, se comprovada pode configurar ato de improbidade administrativa e falsificação de documentos.

Outro Lado - Em entrevista ao VG Notícias, a diretora da escola Honorato Pedroso de Barros, professora Marilene Maria da Silva, disse que desconhece a venda dos certificados no colégio, e que ainda não foi notificada por parte do Ministério Público e nem da Secretaria de Educação sobre a denúncia.

“Do meu conhecimento os certificados que os professores têm, inclusive o que eu tenho, foram emitidos pela Prefeitura de Várzea Grande, por meio do Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM). Além disso, nunca tinha ouvido falar desse instituto. Vamos procurar saber dessa denúncia, e se isso realmente está acontecendo tem que ser investigado. Nós não aceitamos que isso seja realizado em nossa escola”, finalizou a professora.

Já o diretor-presidente da Impactos Brasil, professor José Olímpio disse ao VG Notícias que em março de 2014 a instituição foi roubada, no qual foi levado vários objetos e documentos, e que a partir desse episódio começou a aparecer certificados falsos em nome da empresa.

“Nós já registramos Boletim de Ocorrência informando sobre esses documentos que vem aparecendo na cidade em nome da instituição. Em relação ao fato da escola Honorato, ainda não fomos informados sobre esses documentos, mas desde já quero afirmar que estamos à disposição para esclarecer todos os fatos e desmascarar mais essa falsa que usou o nome da nossa instituição”, declarou.

Segundo ele, essa denúncia não tem objetivo de “manchar” a imagem da Impactos, mas sim o nome da escola Honorato. “Essa denúncia tem cara de ser pessoal, atingir a escola ou alguém que está lá. Eles só usaram o nosso nome. Acredito que tudo será esclarecido”, finalizou.

 

Confira nota na íntegra enviada pela direção da escola à redação do VG Notícias:

Várzea Grande, 18 de março de 2016.

 

EMEB Honorato Pedroso de Barros.

 

Ao entardecer deste dia a escola se depara em mais uma vitrine negativa na imprensa. Toda a equipe e comunidade escolar sofre com tais denúncias e notícias que depreciam e colocam em dúvida o trabalho desta escola.

Como o professor José Olímpio relatou na reportagem “essa denúncia tem cara de ser pessoal, atingir a escola ou alguém que está lá”. Realmente, cremos também que tem algo de pessoal, pois desde o ano de 2015 a escola vem sofrendo atos de denúncias e exposições na imprensa e MP, porém nada temos que esconder e tudo vem sido esclarecido pela instituição com veracidade à nossa mantenedora, a Secretaria municipal de Educação Esporte e Lazer, e principalmente ao órgão do Ministério Público que constata serem infundadas as denúncias.   

Esta escola desfruta da credibilidade e confiança da comunidade que atende devido a um trabalho sério que resulta em qualidade de ensino aprendizagem.

Há alguns anos atrás quando assumimos a escola tivemos o compromisso de fazer uma gestão que abrisse um diferencial em todas as dimensões da escola.

Convidamos para visitar nossa escola a própria imprensa e membros do Ministério Público para averiguarem e compararem como está nossa escola hoje, que por exemplo temos: todas as salas de aula climatizadas e com quadro de vidro, um diálogo entre família/escola e escola/funcionários muito saudável e respeitoso onde todos são valorizados, etc.

Desconhecemos e repudiamos qualquer tipo de venda de certificado que tal denúncia relata.

Temos a lamentar que o sucesso de uma gestão forte, competente, responsável, eficaz e eficiente que transparece a todos que a vêem e participam e que naturalmente comparam as mudanças ocorridas venham causar desconforto e recalque social induzindo algumas pessoas a uma obsessão em denegrir a imagem da escola e dos profissionais da educação que aqui trabalham.     

Equipe Gestora e CCDE.