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O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Várzea Grande que atende pacientes que “lutam” contra o vício das drogas e do álcool deverá mudar de endereço para ampliar sua rede de atendimento para o Caps AD 3 – 24 horas. A informação é da coordenadora de saúde mental, Soraya Miter Simon.
“Estamos em processo de abertura de serviço, não vai começar imediatamente, a parte burocrática, que foi a aprovação do Conselho, aprovação do município, já foi feita. A gente precisa de uma casa grande, confortável que tenha área nos fundos. Nós temos uma referência - as portarias, que constam quais espaços são necessárias. Tem também, a questão de equipe, a ampliação e capacitação da equipe. Então, tem vários procedimentos que temos que fazer”, relatou Soraya, observando que o novo endereço deverá ser localizado na região central da cidade, para facilitar o acesso dos pacientes, conforme portaria do Ministério da Saúde.
O Caps AD, localizado no bairro Jardim Imperador, próximo a Prefeitura de Várzea Grande, oferece o tratamento aberto e conta com uma equipe de profissionais, entre eles, médicos, psicólogos, assistente social, enfermeiros, técnico de enfermagem, artterapeuta. Na unidade o paciente encontra ajuda dos profissionais, medicamentos e troca de experiencias que os ajudam a vencer o vício.
“O Caps ele é porta aberta, a pessoa pode vir espontaneamente, vir com a família, sozinho, vem referenciada por outras unidades, a Justiça as vezes encaminha alguns casos, mas a demanda é espontânea. A gente visa a recuperação da pessoa, da sua saúde, mas também da convivência com a sociedade”, afirmou a coordenadora.
Atualmente o Caps funciona de segunda a quinta-feira em três períodos – no período da manhã, da tarde e à noite, até as 21 horas. Na sexta-feira, o atendimento é até as 17 horas. Com a ampliação, para o Caps AD 3 – 24 horas – os pacientes terão oito leitos para internação breve, o que facilita o atendimento às famílias e aos pacientes, que poderão procurar a unidade nos dias e horários mais críticos, como final de semana e durante a noite.
Além disso, Soraya pontuou que deverá diminuir a internação dos pacientes na Unidade 3, do Centro Integrado de Apoio Psicossocial (CIAPS) Adauto Botelho, para o local, serão enviados somente os casos mais graves para desintoxicação.
“Caps AD 3 -24 horas é um avanço, nós não temos ainda em Mato Grosso um Caps que atende em 24 horas, o Caps que atende pessoas usuários de álcool e drogas. Então é uma expansão do serviço. É para melhorar o atendimento ao usuário, então, caso ele precise de uma desintoxicação breve, ele vai ter no próprio Caps, ele vai permanecer lá por um tempo breve, a portaria do Ministério cita até 14 dias, até sair da fase crítica e continuar o tratamento - que é a unidade 3 em Cuiabá do Adauto Botelho que é uma referência Estadual, a maioria dos casos vamos poder atender aqui mesmo, somente os casos mais graves serrão na referência Estadual”, afirmou.
Projeto – O Caps próximo à Prefeitura – onde se localiza o atual endereço, segundo a superintendente da Atenção Básica, Nígima Brasil deverá se tornar uma - unidade casa de acolhimento. Conforme ela, a unidade de acolhimento vai comtemplar pessoas que fazem o tratamento via Caps, mas estão em situação de rua, devido aos conflitos familiares ocasionados pela dependência.
“A unidade de acolhimento é um outro serviço da unidade mental, é um serviço novo, também não tem em Mato Grosso, nós em Várzea Grande seremos o primeiro município a ter. É uma unidade que é de caráter transitório pra colher aquelas pessoas, principalmente usuários de álcool e drogas, que estão em uma situação de vulnerabilidade, por exemplo, uma pessoa usuária de drogas tem lá sua família, sua casa, mas por algum problema ou outro, tem um conflito familiar e ele fica fora desse lar, se inserindo no tratamento do Caps, ele ficaria provisoriamente nesta unidade. Ele vai ter um local para dormir, vai ter alimentação, vai ter a sua roupa, até a gente reinserir ele novamente à família, ou na sociedade.”
Nígima Brasil ressaltou que o local será a segunda etapa do projeto Caps AD 3 – 24 horas, ou seja, a intenção será inaugurar a unidade 24 horas primeiro e após a unidade casa de acolhimento.
Durante a entrevista ao 
oticias, a superintendente da Atenção Básica, ressaltou que a unidade casa de acolhimento, não deverá ser comparada com Albergue, e esclarece que deverá ser encaminhada para o endereço, somente pacientes que já estão em tratamento no Centro: “Não é Albergue, é uma unidade para a saúde mental, é para aquelas pessoas que provisoriamente vão precisar de um local enquanto faz tratamento, ninguém que estiver lá vai ficar sem tratamento, para ele ficar na unidade de acolhimento ele virá via Caps”, esclareceu.
Nígima pontuou ainda, que vão para o local pessoas que tenham firmado o contrato terapêutico, no sentido de atender as normas regras e respeito e destacou que o tratamento não se trata de higienização: “Eu posso ir ali no Zero, que é um local onde temos bastante morador de rua, usuário de drogas, pego lá uns cinco e levo para a unidade de acolhimento - não. Não é assim uma higienização. O paciente que tiver no Zero Km, o consultório na rua que faz essa abordagem, ele aceita o tratamento, mas ele não tem onde morar e está com vergonha de ir para casa, tem várias histórias, mas ele se dispôs a se tratar, frequenta o Caps a gente insere em nossa unidade de acolhimento, ele terá sempre uma equipe para atendê-lo 24 horas.”
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