O grupo feminista da Ucrânia Femen denunciou nesta terça-feira o fechamento de seu perfil do Facebook sob a acusação de pornografia e promover a prostituição. Segundo a organização, as duas páginas que foram bloqueadas eram seguidas por cerca de 170 mil pessoas. Horas depois, a página do FemenFrance voltou ao ar, mas com a imagem borrada dos seios de suas integrantes. A página principal continuava redirecionando a outra. Em comunicado, o Femen denunciou uma suposta guerra na internet.
“O movimento feminista Femen informa sobre o fechamento involuntário de suas principais contas no Facebook. A empresa bloqueou a página principal e a em francês. No total, as contas eram seguidas por cerca de 170 mil pessoas”, disse em nota. “O fato é a continuação lógica de uma guerra na internet lançada contra o Femen por vários grupos reacionários: de nazistas de ditaduras europeias a fundamentalistas islâmicos”, acrescentou.
O grupo anunciou que apelou à empresa para que devolva seu principal “alto-falante”.
“Zukerberg (referindo-se ao fundador da rede social, Mark Zukerberg), o Femen não é pornografia”, disseram no comunicado.
Mais tarde, a página do braço francês do movimento anunciava: “Voltamos. Nossos seios nus não são pornográficos, são políticos. Nossos corpos não são obscenos. A obscenidade está nos sues olhos.” Os seios, no entanto, apareciam com a imagem distorcida. Não está claro se a medida de alterar as fotos foi adotada pelo grupo ou pelo Facebook. A principal página do grupo, no entanto, ainda estava bloqueada.
A polêmica em torno Femen não é nova, uma vez que seus protestos provocaram várias reações nos últimos anos. O grupo, fundado em 2008, tornou-se conhecido por seus atos de protesto, tendo como marca principal os seios à mostra.
O Femen se define como uma organização de mulheres ativistas de topless que defendem a igualdade sexual e social no mundo. De acordo com a descrição no site do grupo, “é o fundador de uma nova onda de feminismo do terceiro milênio e tem seguidores em todo o mundo”.
Na semana passada, um tribunal da Tunísia decidiu adiar até 26 de junho o processo de apelação contra a sentença a quatro meses de prisão de três ativistas do Femen por ofensas morais e desordem pública, após protesto de topless pela liberdade da ativista tunisina Amina Sbui (conhecida pelo pseudônimo de Amina Tyler).
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