O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, um dos nomes mais importantes da fotografia documental no mundo, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Terra, organização ambiental fundada por ele e sua esposa, Lélia Wanick Salgado.
Nascido em Aimorés (MG), Salgado começou sua carreira como economista, mas ganhou reconhecimento internacional a partir dos anos 1970 com trabalhos fotográficos que denunciaram desigualdades sociais, conflitos e o impacto humano no planeta. Morava em Paris há cerca de 50 anos.
Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os projetos “Trabalhadores”, “Êxodos” e “Gênesis”, que percorreram mais de 120 países e foram transformados em exposições e livros. Ele também ficou marcado pelas impactantes imagens da mina de Serra Pelada, no Pará, nos anos 1980, e por cobrir eventos como o atentado ao então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan.
Casado há mais de 60 anos com Lélia, o fotógrafo deixa dois filhos: o cineasta Juliano Salgado e Rodrigo, artista plástico com síndrome de Down. Em 1998, o casal fundou o Instituto Terra, que atua na recuperação da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.
Em 2024, Salgado anunciou sua aposentadoria dos trabalhos de campo. Em entrevista ao jornal inglês The Guardian, afirmou que seu corpo já sentia os impactos de décadas de trabalho em condições extremas: “Já vivi tanto e vi tantas coisas”, declarou na ocasião.
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