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Variedades Sexta-feira, 16 de Novembro de 2018, 14:29 - A | A

Sexta-feira, 16 de Novembro de 2018, 14h:29 - A | A

Golpe

Casal e morador de rua que enganaram o mundo com campanha de doações

MSN

Reprodução

campanha

 

O que parecia ser um comovente gesto de solidariedade acabou se revelando um golpe que enganou mais de 14 mil pessoas e diversos meios de comunicação em todo o mundo.

Tudo começou em novembro de 2017, quando o casal americano Kate McClure e Mark D'Amico lançou uma campanha de arrecadação na internet para Johnny Bobbitt, morador de rua que teria ajudado eles quando ficaram sem gasolina na estrada.

Seria uma maneira de agradecer a generosidade dele.

A imagem da campanha era uma foto de McClure ao lado de Bobbitt, um veterano de guerra viciado em drogas que vivia há vários anos nas ruas.

A legenda dizia que Bobbitt usara seus últimos US$ 20 para ajudar McClure e D'Amico, quando o combustível do carro deles acabou no meio de uma rodovia na Filadélfia.

A história tocou o coração de mais de 14 mil pessoas, que doaram mais de US$ 400 mil no total. A meta inicial era arrecadar apenas US$ 10 mil.

Com o dinheiro arrecadado, McClure e D'Amico compraram roupas e um trailer para Bobbitt.

Além disso, avisaram aos doadores que depositariam o montante em duas instituições financeiras e que usariam uma parte para contratar um advogado e um consultor financeiro para auxiliar Bobbitt a administrar o fundo.

A realidade, no entanto, era muito diferente.

'Bom demais para ser verdade' - A história "que motivou a campanha parecia ser boa demais para ser verdade", disse Scott Coffina, promotor do caso. "Infelizmente, foi isso que aconteceu."

A primeira reviravolta do caso ocorreu em agosto, quando Bobbitt entrou com um processo contra o casal, afirmando que McClure e D'Amico estavam usando o dinheiro como um "cofrinho" pessoal para bancar um estilo de vida extravagante.

A denúncia de Bobbitt chamou a atenção da imprensa, que o apresentou como vítima.

Mas agora, o enredo ganhou novos contornos - os investigadores argumentam que, na verdade, os três são culpados de desviar os fundos.

Segundo as autoridades, o trio inventou a história para comover as pessoas e convencê-las a contribuir com a causa.

Eles acreditam que a foto usada na campanha foi encenada e que teria sido tirada em um cassino, que McClure e D'Amico frequentavam e por onde Bobbitt costumava perambular.

Coffina disse que o casal gastou o dinheiro em um carro, viagens, bolsas de luxo e apostas em cassinos.

Segundo ele, Bobbitt ficou com cerca de US$ 75 mil.

Cúmplice - Milhares de mensagens de texto às quais a polícia teve acesso mostram que McClure e D'Amico estavam com problemas financeiros e não conseguiriam pagar suas dívidas.

D'Amico afirmava que esperava conseguir mais dinheiro publicando um livro sobre a história.

Bobbit foi acusado de ser cúmplice da farsa, embora o promotor tenha se mostrado solidário a sua situação de indigência.

"Toda a campanha foi baseada em uma mentira", disse Coffina.

Ele acredita que o golpe foi planejado um mês antes do lançamento da campanha.

Agora, os três enfrentam acusações de estelionato e conspiração e, se forem condenados, podem receber penas que variam de 5 a 10 anos de prisão.

Bobbit permanece sob custódia, mas o casal aguarda o julgamento, marcado para 24 de dezembro, em liberdade.

Em contrapartida, a plataforma online Go Fund Me, usada para arrecadar a verba, confirmou que os doadores vão receber o dinheiro de volta.

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