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O governador Mauro Mendes (DEM) declarou na tarde desta quarta-feira (30.10) que noticiou o Ministério Público Estadual (MPE) e o Tribunal de Contas (TCE) acerca dos 3.422 processos de compras feitas sem licitação e contrato encontrados na Secretaria de Estado de Saúde (SES). Ainda, segundo ele, esse número foi apontado após um levantamento realizado em 2018.
“Imagina em uma empresa privada você chega com a nota fiscal, entrega lá e alguém manda fazer um cheque e pagar. Na Secretaria de Saúde foram mais de 3000 mil pagamento feitos sem licitação, sem contrato, sem nenhum processo”.
Segundo Mendes, a regularização dessa situação já está sendo realizada, no entanto, foi necessário fazer o pedido de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no Ministério Público e no Tribunal de Contas, para que a saúde do Estado continuasse a atuar mesmo com as irregularidades.
“Noticiamos o Ministério Público e o Tribunal de Contas disso e pedimos um TAC para nos autorizar a continuar praticando essa mesma irregularidade sob pena de pessoas morrerem, porque não tínhamos como parar com o serviço até que licitássemos tudo. [...] Se tinha um fornecedor fornecendo há anos sem licitação, como eu digo para ele que nós vamos licitar tudo e depois de seis meses a gente volta? Ia morrer, por dia, dezenas de pessoas porque ia faltar remédio, faltar médico, faltar tudo”.
De acordo com Mauro Mendes, se tratando da área da saúde, neste ano o Estado está em dia com todos os municípios. Além disso, ainda está sendo pago os valores deixados em atraso dos anos de 2017 e 2018. “Nós estamos pagando em dia e recuperando praticamente 50% do que ficou.
Ainda durante coletiva de imprensa concedida nesta tarde, ele disse acreditar que para a saúde funcionar no Estado é necessário abrir hospitais e recuperar os já existentes.
Ele comentou, ainda, a respeito da reforma e ampliação dos hospitais de Sorriso, Sinop e Rondonópolis, que deverão ser entregues nos mesmos padrões da Santa Casa de Cuiabá. Conforme o gestor, as entregas estão previstas para 2020 e serão com “alto padrão de qualidade”.
Ele garantiu também apresentar, ainda neste ano, novidades sobre o novo Hospital Universitário Júlio Muller, que está com a obra paralisada desde 2011 e o antigo Hospital Central, parado há mais de 30 anos. “Estamos dando um jeito de, pelo menos, tirar do colo de todos nós que estamos cuidando da administração pública, nós iremos apresentar ainda neste ano uma proposta de solução para estes dois hospitais”.
