O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse nesta terça-feira (19.05) que a previsão é que o declínio no número de casos de coronavírus em Mato Grosso ocorra somente no mês de outubro. No entanto, segundo ele, ainda não é possível assegurar essa informação, já que a diminuição dos casos de Covid-19 dependerá do comportamento da população.
“Eu acho que nós vamos, ao longo deste ano, ter uma convivência ainda desconfortável com o coronavírus. [...] Esperamos que lá pelo mês de outubro possa a começar a ter um declínio, mas não conseguimos assegurar porque todas as decisões que virão pela frente dependerão do nosso [SES] comportamento tomado agora e do comportamento da população”, disse.
Segundo o secretário, até o mês de julho, é esperado um crescimento substancial no número de pacientes com a Covid-19 em Mato Grosso. Ele afirmou ainda que, apesar de já ter sido registrado o 30º óbito provocado pela doença e 941 casos confirmados, o Estado ainda não chegou ao pico de contaminação.
“Nós não chegamos no pico, nós estamos no início de uma pandemia no Estado de Mato Grosso, é bom que a população saiba disso. A população precisa acordar. Nós estamos no início de uma pandemia que ainda vai trazer muito desconforto ao Estado de Mato Grosso. Essa é uma pandemia que praticamente vai ser restar ao longo do ano, enquanto não tiver uma vacina nós não vamos conseguir tirar esse vírus de circulação”, salientou.
Ele disse acreditar em uma ascensão dos casos de Covid-19 no Estado até, pelo menos, no mês de outubro já que, mesmo com o isolamento social, não há uma demonstração clara de redução no número de pessoas infectadas. Figueiredo disse entender a dificuldade de alguns em realizar o isolamento, considerando as questões econômicas enfrentadas pela população que precisa trabalhar. No entanto, ele pede que aqueles tenham condições de ficar em casa, que fiquem.
“Aquele que pode evitar circulação, pode, nesse momento, fazer isolamento social, pode proteger os seus familiares com mais idade e aqueles que têm comorbidades, que faça. [...] Vejo muitas pessoas cobrando dos governantes uma decisão, uma lei, uma aplicação de multa, mas ele mesmo, podendo ajudar, não faz a sua tarefa de casa. Não dá para transferir simplesmente para um gestor público toda a obrigação daquilo que tem que ser feito. Cada um de nós deve dar a sua contribuição", disse.