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Política Quinta-feira, 09 de Outubro de 2014, 11:45 - A | A

Quinta-feira, 09 de Outubro de 2014, 11h:45 - A | A

Próximo de acordo

Marina adia anúncio de apoio a Aécio no segundo turno

Marina desistiu de participar da reunião dos partidos que formam a sua aliança

O Globo

Disposta a não declarar apoio formal a Aécio Neves (PSDB) antes que o tucano faça um gesto de compromisso com bandeiras de esquerda como O GLOBO mostrou em sua edição desta quinta-feira, a terceira colocada na eleição presidencial, Marina Silva, decidiu cancelar o pronunciamento que faria nesta quinta-feira, em Brasília.

Marina desistiu de participar da reunião dos partidos que formam a sua aliança, e não tem mais uma data para manifestar a sua posição no segundo turno. Isso depende agora de um gesto dos tucanos.

Na quarta-feira, Marina chegou a visitar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para tratar da aliança no segundo turno, mas a formalização do apoio ainda está distante. O encontro aconteceu no apartamento de FH em São Paulo e foi confirmado por Walter Feldman, que coordenou a campanha da ex-senadora.

Marina quer um aceno do tucano a propostas de reforma agrária e outras relacionadas a programas sociais. Um dos pontos considerados fundamentais pelos marineiros seria um compromisso de Aécio em não permitir a terceirização da mão de obra no setor agrícola, como defendem os ruralistas. Essa flexibilização, na visão dos aliados de Marina, poderia permitir a expansão da exploração do trabalho escravo.

Segundo Feldman, a pessebista resolveu ficar em São Paulo para não tirar o protagonismo dos partidos. Desde o resultado do primeiro turno na noite de domingo, Marina sinalizou que apoiará o rival de Dilma, Aécio Neves. Questionado sobre o teor da conversa da ex-senadora com o ex-presidente Fernando Henrique, Feldman foi taxativo: - “nunca saberemos”.

Ele afirmou que embora ainda não tenha sido aberta uma negociação com Aécio em torno de programas, há uma expectativa de que o tucano tome a iniciativa de incorporar a agenda de Marina em sua campanha.

- Nós não temos nenhuma linha de negociação de programa com o Aécio. O que nós temos é uma sugestão programática para qualificar o debate. E, como não estamos em hipótese alguma apoiando a candidatura Dilma, sugerimos que o Aécio interprete, eventualmente incorpore. Isso será sua própria iniciativa.

De acordo com ele, há setores na Rede que condena a polarização entre o PT e o PSDB, por isso são contra qualquer um dos dois candidatos que concorrem. Mas é possível que Marina feche uma decisão pessoal, ainda que não haja um consenso entre todos os setores da Rede e os demais partidos que fizeram parte de sua chapa.

? A Rede interpreta que a população majoritária do Brasil é contra o atual governo. Portanto, nenhum tipo de aproximação ou apoio à presidente Dilma. É uma manifestação forte, segura e absolutamente consensual. Segundo, considera aqueles que tem a posição de mudança. E analisa que na posição de mudança tem o voto em Aécio, o voto branco e o voto nulo.

Feldman voltou a dizer que na Rede, partido que Marina tentou criar ano passado, há um consenso de que a população manifestou nas ruas ser contra o governo da presidente Dilma Rousseff.

- Ela ( Marina) tem a liberdade para fazer sua própria síntese. É isso que nós vamos possivelmente receber hoje e no máximo amanhã – disse Feldman.

O interlocutor de Marina afirmou que ela foi procurada por Fernando Henrique Cardoso ontem e que ele contou que estava adoentado. Marina então resolveu fazer uma vista “protocolar” ao tucano. Feldman disse que ainda não houve conversas com Aécio sobre a agenda programática que Marina tem a apresentar.

Em nota, a Rede Sustentabilidade afirmou em nota que “se manterá vigilante e independente em relação ao próximo governo”. “O resultado do primeiro turno tornou evidente que a maioria da sociedade não aprova o atual governo e que não quer sua continuidade. Revelou também que esse desejo de mudança foi tragado para dentro da velha polarização PT x PSDB e aprisionado nos limites de uma estrutura política em crise profunda”, diz o texto. A Rede alega que “nenhum dos caminhos aponta para uma saída política de profundidade” e ressalta que “ao mesmo tempo que saúda e respeita o desejo de mudança, tem o dever de reconhecer que a sociedade brasileira não encontrou ainda o caminho”. A nota ainda diz que o grupo vai manter uma postura de independência em relação ao próximo governo.

Ontem, a maioria da Executiva Nacional do PSB decidiu apoiar o candidato do PSDB no segundo turno da disputa presidencial. Por outro lado, ficarão liberadas as alianças nos estados em que há segundo turno para governador. Após a decisão, o tucano participou do anúncio do PSB de apoio à sua candidatura.

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