Durante a sessão ordinária desta terça-feira (29.04), a vereadora Gisa Barros (PSB) criticou o número de Declarações de Possibilidade de Abastecimento (DPA) e de Esgotamento Sanitário (DPE) emitidas pelo Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAEVG) para empresas responsáveis por construções no bairro Paiaguás.
Segundo Gisa, a própria autarquia respondeu a um de seus requerimentos informando que suspenderia a emissão dessas declarações. No entanto, ela alertou que a suspensão só valerá daqui para frente, o que significa que as empresas que já obtiveram a documentação poderão continuar suas obras.
A vereadora expressou preocupação com o estado de trafegabilidade das ruas do bairro, afirmando que a situação é crítica e tende a piorar com o avanço das construções.
“Das casas que já estão em construção, que tiveram as declarações emitidas, não há mais o que fazer. O que já está ruim no Paiaguás tende a ficar ainda pior. Acredito que, em mais uma semana, só será possível chegar ao bairro de helicóptero. Até quem tem caminhonete está com dificuldade para entrar”, destacou Gisa Barros.
Em entrevista ao 
, a parlamentar questionou a coerência da emissão das declarações de viabilidade por parte do DAEVG, uma vez que, segundo ela, o bairro não conta com rede de abastecimento de água nem de esgotamento sanitário.
“Não tem água no Paiaguás. Como é que o DAE está emitindo viabilidade de abastecimento de água? E o esgoto, vai para onde?”, questionou.
A vereadora explicou que solicitou a suspensão das obras também devido ao impacto no asfalto das vias, que não suporta o tráfego intenso de caminhões carregados com materiais de construção.
Gisa também mencionou um requerimento enviado ao secretário municipal de Viação e Obras, Celso Luiz, cobrando a aplicação de recursos já destinados ao recapeamento do bairro.
“Senhor secretário, o prazo do requerimento que protocolei em fevereiro já venceu. Estou aguardando resposta, porque ligações eu já fiz. Se não obtiver retorno, vou encaminhar o caso ao Ministério Público. Não tem mais cabimento ter que cobrar isso toda semana”, finalizou.
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