O secretário de Administração do Estado, Francisco Faiad, disse que a greve dos profissionais da Educação do Estado, não dura por muito tempo, porque muitos professores já retornaram às salas de aula e já estão trabalhando normalmente.
“Acredito que esta greve não dure por muito tempo, porque cada dia ela vem perdendo força. Nós temos a informação que 40% dos professores já retornaram as salas de aula. A greve continua e o governo mantém seu posicionamento de somente negociar com a categoria caso eles retornem ao trabalho”, garantiu o secretário.
Faiad destacou que um dos motivos para os profissionais voltar às atividades é que a sociedade mato-grossense está fazendo apelo para que os professores voltem a dar aulas, já que o ano letivo está comprometido. “Estamos encontrando diversos movimentos nas ruas pleiteados por pais de alunos e pelos próprios alunos para o retorno das aulas” revelou.
O secretário disse ainda, que o Governo do Estado não foi radical com a categoria ao começar a realizar o corte dos pontos dos professores que ainda estão em greve.
“Radicais estão sendo eles. A proposta do Governo é dobrar o salário em um prazo de 10 anos, assim como pede a categoria. Estamos propondo que o aumento salarial comece em 2014 e não no início deste ano como eles querem. Não altera muita coisa receber no início do próximo ano ou no final deste. Existe uma intransigência do setor” disse Faiad.
A greve dos professores já dura mais de 50 dias e prejudica mais de 400 mil estudantes em todo o Estado. O Estado já garantiu que só volta a negociar caso os profissionais voltem às salas de aula, enquanto que a categoria diz que só encerra a greve quando o Estado retomar as negociações.
Outro Lado – O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes, em entrevista ao VG Notícias disse que a atitude de não negociar e esperar que a categoria volte ao trabalho pelo “cansaço”, mostra total falta de respeito do Governo do Estado com a classe. Hoje 81% dos profissionais estão com os braços cruzados.
“Isso demonstra claramente que o Governo vai continuar sendo irresponsável com a categoria. Eles vão deixar a greve correr para tentar vencer a categoria no “cansaço”. A greve continua firme e nós já realizamos greve com apenas 35% da classe. A previsão é que a greve passe dos 100 dias” previu o presidente do Sintep/MT.
Sobre a declaração de Faiad dizendo que a categoria é radical em permanecer em greve, Henrique disse: “Não temos problema em ser radical porque ser radical é você ir à raiz do problema. Além disso, se ser radical é defender a legislação e o direito da categoria, nós não vemos problema em ser intransigente com o Estado. O Governo quer tratar a escola pública com desdém, por isso que a categoria prefere ser radical a ser irresponsável”, finalizou.
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