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Política Quarta-feira, 25 de Setembro de 2013, 10:25 - A | A

Quarta-feira, 25 de Setembro de 2013, 10h:25 - A | A

OPERAÇÃO MIQUÉIAS

Em conversa com deputado estadual, loira do crime diz que quase fez negócio em Várzea Grande; Maninho de Barros era o prefeito na época

por Rojane Marta & Edina Araújo/VG Notícias

Interceptação telefônica autorizada pela Justiça revela que a modelo Luciane Lauzimar Hoepers, que ficou conhecida como “loira do crime”, após ser apontada na investigação da Polícia Federal (PF), durante operação “Miquéias”, como uma das integrantes das organizações criminosas de lavagem de dinheiro e fraude em entidades previdenciárias, apresentou o esquema para o prefeito de Várzea Grande, na época, Maninho de Barros (PSD) – atual vereador.

Conforme a gravação da Polícia Federal, em conversa com o deputado estadual de Goiânia Samuel Belchior (PMDB), a modelo conta que quase fechou negócio em Várzea Grande, em resposta, o deputado a aconselha a seduzir os políticos. Confira print da transcrição da conversa no final da matéria.

Segundo informou o Conselho da Previvag com exclusividade ao VG Notícias, Maninho pretendia investir R$ 5 milhões do fundo de pensão dos servidores em títulos “podres”. Ainda conforme o conselho, o dinheiro já estava provisionado para ser transferido.

No entanto, a transferência foi barrada pelo Conselho Curador da Previvag, os conselheiros não aceitaram a transação.

Na época, para “driblar” o “impasse”, Maninho, sob orientação do ex-secretário municipal de Governo, Eder Moraes, chegou a criar a Lei Complementar 3843/2012, reestruturando o Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Várzea Grande (Previvag), dando amplos poderes para o então diretor/presidente da autarquia, Mário Antunes de Almeida, para fazer qualquer transação financeira sem interferência do Conselho Curador da Previvag.

Porém, mesmo depois da criação da Lei, na tentativa de barrar a operação, o Conselho Curador da autarquia foi ao Banco responsável pela aplicação e expôs a situação. O conselho deixou a Instituição Financeira ciente de que não concordava com a transação e seria responsabilidade do Banco caso realizasse a operação. Após a interferência do conselho, o gerente da conta avisou o então prefeito que só faria a transferência dos recursos mediante autorização da Justiça. Como não havia tempo hábil, pois estava findando o mandato de Maninho de Barros, o “esquema” não foi concretizado.

A Operação – Deflagrada pela Polícia Federal em 19 de setembro, a Operação Miquéias desarticulou duas organizações criminosas com atuações distintas: uma de lavagem de dinheiro e outra de má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas.

A quadrilha é acusada de desviar R$ 50 milhões a partir de negócios suspeitos entre fundos de pensão municipais e estaduais com títulos de baixo valor de mercado.

Segundo a PF, prefeitos eram aliciados para comprar papeis podres para fundos de previdência em troca de propinas.

Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e em nove Estados, entre eles Mato Grosso. No Estado foram cumpridos duas busca e apreensão e três carros foram apreendidos.

Participação da modelo - Luciane Hoepers, com 1,75 metro de altura, 33 anos, olhos verdes e corpo escultural usava da beleza para tentar “seduzir” os políticos e convencê-los a entrarem no esquema fraudulento.

Assim como Luciane, outras mulheres bonitas eram usadas para se aproximarem de prefeitos e dos gestores dos fundos para convencê-los a aplicar recursos de fundo de pensão de servidores em títulos podres e captar recursos.

Confira ao vídeo:


 

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