O porteiro do Residencial Green Ville, no bairro Pirineu, em Várzea Grande, foi preso suspeito de facilitar o acesso de criminosos que executaram dois homens monitorados por tornozeleira eletrônica, no dia 27 de junho deste ano. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (09.07) pelo delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
As vítimas, Elton Candido de Souza Junior, 26 anos, e Bruno André de Oliveira Rodrigues, 23, foram assassinadas a tiros e facadas dentro do residencial. Uma das mortes ocorreu no interior de um apartamento; e a outra, na área externa do condomínio.
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Imagens de câmeras de segurança mostram o veículo dos criminosos se aproximando do portão, piscando os faróis. Em seguida, o portão é aberto rapidamente. “Foi uma ação coordenada. Colocaram até um pano no sensor para que o portão não se fechasse durante a fuga”, detalhou o delegado.
Segundo Nilson Farias, uma das vítimas havia manifestado, antes de morrer, temor de que o porteiro o entregasse para a facção criminosa. Além disso, moradores do condomínio enviaram denúncias anônimas relatando suspeitas sobre a conduta do funcionário.
O porteiro, que não possui antecedentes criminais, foi alvo de prisão temporária. “A ausência de passagens não descarta o envolvimento dele com o crime. Os elementos coletados até agora apontam que ele pode ter atuado como facilitador da ação criminosa”, completou Farias.
O motorista do carro usado na execução também foi preso na última sexta-feira (05), dentro de uma residência em Várzea Grande. Com ele, foram apreendidas duas armas de fogo.
As investigações indicam que a ordem para a execução partiu do Comando Vermelho (CV). Ainda segundo o delegado, há indícios de que uma terceira pessoa também seria alvo do grupo, conforme publicações nas redes sociais.
A polícia trabalha com a hipótese de conflito interno dentro da própria facção, já que as vítimas também seriam integrantes do CV, mas estavam "decretadas". O caso segue sob investigação da DHPP.
“Estamos avançando na identificação de todos os envolvidos. As prisões e as imagens coletadas foram fundamentais para entender a dinâmica da execução e os papéis de cada envolvido”, finalizou Farias.
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