Ameaças, perfis falsos e chantagens com conteúdos íntimos: esse era o método usado por um grupo criminoso desarticulado nesta terça-feira (29.07) pela Operação Falsa Persona, deflagrada pelas Polícias Civis de Mato Grosso e do Rio Grande do Sul. A ação cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em cinco municípios gaúchos, incluindo residências e presídios localizados em Porto Alegre e Charqueadas.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) da Polícia Civil mato-grossense. Os trabalhos contaram com apoio da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos e Defraudações do RS.
Conforme as investigações, os criminosos criavam perfis falsos em redes sociais para ganhar a confiança das vítimas. Em seguida, passavam a ameaçá-las com a divulgação de imagens íntimas — muitas vezes produzidas a partir de montagens — e exigiam pagamentos em dinheiro para não expor o material.
O delegado Guilherme Rocha, adjunto da DRCI e responsável pelo inquérito, explicou que a principal meta da operação é apreender os dispositivos eletrônicos utilizados pela quadrilha, como celulares e computadores, o que permitirá o aprofundamento da apuração e a responsabilização penal dos envolvidos.
As investigações duraram meses e revelaram a existência de uma estrutura criminosa articulada, com atuação em diversas regiões do país. Segundo o delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, a operação evidencia o comprometimento da Polícia Civil de Mato Grosso no enfrentamento da criminalidade digital em nível nacional.
A operação também teve apoio da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado, que articulou a comunicação com o Poder Judiciário e o Ministério Público para viabilizar o cumprimento das ordens judiciais em solo gaúcho.
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