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Polícia Quarta-feira, 14 de Maio de 2025, 08:21 - A | A

Quarta-feira, 14 de Maio de 2025, 08h:21 - A | A

Frota Oculta

Operação combate furto de grãos com prejuízo de R$ 2,5 milhões

Foi evidenciado o envolvimento de funcionário da fazenda

Redação/VGN

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (14.05), a Operação Frota Oculta, com o objetivo de cumprir 57 ordens judiciais voltadas à desarticulação de uma associação criminosa especializada em furtos de grãos em propriedades rurais de Mato Grosso.

As ordens foram expedidas com base em investigações da Delegacia de General Carneiro, que revelaram um esquema sofisticado, responsável por prejuízos superiores a R$ 2,5 milhões a produtores rurais. A operação conta com o apoio de outras unidades da instituição.

Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão, 21 de busca e apreensão, 15 de sequestro de bens, além de ordens de quebra de sigilos fiscal, bancário e telefônico, e a suspensão de uma atividade empresarial. As ações ocorrem nos municípios de Nova Mutum, Tangará da Serra e General Carneiro.

A investigação apontou que o grupo criminoso atuava com apoio de funcionários das próprias fazendas, que facilitavam o acesso de caminhões às propriedades sem as devidas autorizações.

Um dos casos mais emblemáticos foi registrado em uma fazenda de General Carneiro, onde auditorias internas detectaram carregamentos de grãos realizados sem ordens formais. As irregularidades, registradas em câmeras de segurança, evidenciaram o envolvimento de um funcionário do setor administrativo, responsável pelo controle de entradas e saídas.

Esquema articulado

O esquema envolvia motoristas de caminhões, alguns dos quais usavam placas adulteradas para dificultar o rastreamento. Os veículos entravam nas propriedades com a autorização de um funcionário que atuava como "balanceiro", liberando cargas sem qualquer registro oficial.

Entre os veículos utilizados, dois pertenciam a uma empresa de transporte cujo controle era exercido por uma empresária investigada. Ela teria fornecido os caminhões para o transporte das cargas furtadas e realizado transações financeiras suspeitas com um dos facilitadores do esquema.

As investigações também revelaram uma estrutura criminosa com divisão de tarefas bem definida, incluindo logística para o escoamento dos grãos — o que demonstra o alto grau de organização do grupo.

Análises financeiras mostraram transferências bancárias incompatíveis com o padrão econômico dos investigados, reforçando os indícios de um esquema ativo e estruturado.

Mandados e acusações

Entre as ordens judiciais estão mandados de prisão preventiva contra os principais integrantes do grupo, além da apreensão de bens e valores associados à atividade criminosa. Os suspeitos devem responder por furto qualificado, associação criminosa e adulteração de sinais identificadores de veículos.

O delegado Pablo Rigo, responsável pelo inquérito, afirmou que a operação continuará com a análise dos materiais apreendidos e o rastreamento dos ativos ligados aos investigados.

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