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Polícia Quarta-feira, 05 de Dezembro de 2018, 18:30 - A | A

Quarta-feira, 05 de Dezembro de 2018, 18h:30 - A | A

operação "Mão Dupla"

Instrutores de autoescolas de VG são presos por participação em vendas de habilitação

José Wallison/VG Notícias

PJC

Sefaz-MT

 

Os instrutores das autoescolas de Várzea Grande, Reginaldo da Cunha Moura (Supremais), Jucelina Rosa de Lima e Paulo Cezar Batista da Silva, (ambos da Interlagos) e o examinador do Detran, Wellington Douglas da Silva Atos, foram presos nesta quarta-feira (05.12) na operação 'Mão Dupla' em Várzea Grande.

A operação foi realizada para desmantelar um esquema de compra e venda de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), operado dentro do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT).

Vinte servidores do Detran-MT estão entre os presos, além de 15 colaboradores, que são instrutores e donos de autoescolas, com atuação conjunta de servidores, formando um “verdadeiro balcão de negócios” para o comércio de CNH’s. Todos os mandados foram cumpridos na casa dos suspeitos.

Todas as pessoas presas serão indiciadas em crimes de corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos no sistema Detrannet e organização criminosa. Nos endereços dos investigados, foram apreendidos vários documentos e três veículos (Hilux, S10 e Sandero), supostamente comprados com dinheiro ilícito da venda de CNH's.

MAO

 

O delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, revelou que a organização criminosa operava no agenciamento de candidatos que não detém capacidade técnica, para serem aprovados nos exames práticos e teóricos de direção veicular. Eles eram cooptados a fazer o pagamento da CNH, sem necessidade de realizar os testes, apenas assinavam as listas de presença e os laudos de provas.

Segundo ele, algumas carteiras ‘frias” foram canceladas pelo Detran, já que foi o próprio órgão que identificou. “As e essas pessoas compareceram ao Detran, e inclusive entregaram a carteira. Com relação ao apurado, até o momento 30 pessoas foram identificadas como beneficiárias do esquema e o objetivo hoje foi justamente identificar o maior número de candidatos envolvidos nesta rede criminosa. Essa quadrilha faturava alto, determinados servidores e donos de autoescola conseguiam angariar uma quantidade grande de pessoas”, revela o Sylvio.

Conforme o delegado, as autoescolas já ofereciam formas diferenciadas de pagamentos junto com as taxas incluídas para o esquema. “Um dos objetivos da investigação é apurar como era feita essa divisão. Os próprios instrutores ou os próprios donos de autoescola ofereciam essa facilidade aos candidatos. Teriam duas formas, de uma forma normal, com as aulas teóricas e práticas, ou de uma forma simplificada, não precisaria fazer nenhuma aula teórica, nenhuma prova, nem as aulas e provas práticas”, explica.

A operação cumpriu 60 ordens judiciais, sendo 25 mandados de prisão preventiva e 35 buscas e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, São Félix do Araguaia, Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Tangará da Serra, Juína e Rondonópolis. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

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