Um homem identificado pelas iniciais R.M.O., 33 anos, acusado de causar uma explosão dentro de supermercado no município de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), onde duas pessoas ficaram feridas, no último dia 04 de abril, foi indiciado pelos crimes de extorsão qualificada por emprego de artefato explosivo e homicídio tentado qualificado por motivo torpe, emprego de explosivo que resultou em perigo e recurso que impossibilitou defesa das vítimas. Somadas, as penas para os crimes podem chegar a 50 anos de prisão.
Conforme a Polícia Civil, por volta das 8h30 do dia 04 de abril, o serviço de atendimento ao consumidor de uma rede de supermercados de Rondonópolis recebeu mensagens por aplicativo de uma pessoa que se dizia ser ‘membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência’ exigindo o pagamento de R$ 300 mil em moeda virtual, tipo Bitcoin, sob pena de um ataque contra as lojas da empresa.
No mesmo dia, perto das 18 horas, na loja da Vila Operária, houve a detonação de um artefato explosivo que causou lesão corporal grave em duas pessoas, sendo uma delas uma criança de sete anos, além de lesões em outros clientes. Leia matéria relacionada - Explosão dentro de supermercado em MT deixa criança ferida
Após a denotação do primeiro artefato, o indiciado fez novo contato com o atendimento ao consumidor da empresa exigindo, novamente, o pagamento sob pena de um novo ataque.
No entanto, não houve novo ataque, e R.M.O. foi preso preventivamente no dia 12 de abril em sua residência, no Residencial Farias. No local, os policiais civis apreenderam objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, além da motocicleta e outros objetos usados no crime. Todos os materiais passaram pela perícia da Politec. Leia mais - Autor de explosão em supermercado que feriu criança é preso em MT
No dia da prisão, o suspeito foi interrogado e confessou a autoria, alegando ter agido sozinho. Além de dar detalhes de como planejou o crime, contou como instalou artefatos explosivos nos estabelecimentos no dia 31 de março e, quatro dias depois, foi ao local dos fatos para acionar as bombas, após a recusa no pagamento da quantia exigida na extorsão.
A investigação da Delegacia de Roubos e Furtos (DERF) reconstruiu o passo a passo de todo o planejamento do crime, rastreando desde as aquisições do equipamento eletrônicos usados nas bombas, até o responsável por soldar as peças e montar o artefato. Conforme apurou a equipe policial, o autor estudou desde as formas de preparação da bomba até o processo de aquisição de moedas virtuais e formas de evitar a rastreabilidade do dinheiro caso houvesse sucesso no pagamento da extorsão promovida por ele contra os proprietários da rede de supermercados. (com informações da PJC)
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