O empresário cuiabano Eli, conhecido popularmente como “Eli do Frango na Braza”, tirou a própria vida nesta segunda-feira (26.05), após divulgar nas redes sociais um vídeo de despedida, no qual fez graves acusações contra familiares e um antigo conhecido. Eli era proprietário da empresa Frango na Brasa, localizada na avenida São Sebastião, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá.
No vídeo, Eli afirma ter sido traído pela esposa, E.G., com quem foi casado por 25 anos, e pelos dois filhos do casal, G. e G.. Ele também acusa um homem, identificado como Y.R., de ter se aproximado da família com supostos interesses financeiros e afetivos.
“Ele vai ser dono da minha mulher agora, porque eles vão viver juntos. Eu tenho certeza disso. Ele armou tudo”, disse Eli, visivelmente abalado, antes de declarar que havia sido alvo de uma medida protetiva imposta pela família, a qual o acusava de ameaças que ele nega ter feito.
Em tom de despedida, Eli relatou que se isolou em um sítio, na região do Lago do Manso, para evitar conflitos com a família, mas manifestou sua indignação com a medida protetiva. “Eu não acredito mais na Justiça, por isso estou indo embora”, disse.
Ainda na gravação, Eli se dirige à filha que mora em Campo Grande, F., pedindo que ela vá a Cuiabá para tratar da divisão dos bens.
Momentos após divulgar o vídeo, o empresário teria retornado ao sítio no Manso, onde, segundo relatos de testemunhas, ateou fogo à residência. Em seguida, deslocou-se até uma região próxima a uma ponte, onde tirou a própria vida.
A Polícia Militar confirmou que Eli havia sido abordado anteriormente, após familiares manifestarem preocupação com sua estabilidade emocional. Segundo informações preliminares, ele foi orientado e encaminhado para cuidados, mas acabou retornando ao sítio.
As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Civil, que deverá apurar as circunstâncias do incêndio e da morte, além de eventuais responsabilizações legais relacionadas ao episódio.
O caso causou forte comoção em Cuiabá, onde Eli era uma figura bastante conhecida no meio empresarial e gastronômico. Nas redes sociais, diversas pessoas lamentaram a tragédia e cobraram mais atenção das autoridades para casos de saúde mental e violência familiar.
Se você, ou alguém que você conhece, está passando por momentos de sofrimento emocional ou pensando em suicídio, procure ajuda.
O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio gratuito e sigiloso pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.
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